“Uma consciência colorida”
Ultimamente tenho relido António Damásio, e o seu “livro da consciência”. Confesso que nem sempre é fácil tirar conclusões decisivas.
Todavia, gosto deste processo de “consciência cognitiva”, situada na linha das neuro-ciências, que nos arrasta para a dita “consciência moral”.
Sempre tive uma atracção para o processo das cores, a sua ligação à televisão, e outras formas quejandas.
“Se pretendemos entender a forma como a memória funciona temos de entender o modo como o cérebro estabelece o registo de um mapa, bem como a sua localização. Será que o cérebro cria um fac-símile da coisa memorizada? Ou será que que reduz a imagem a um código, que a digitaliza, por assim dizer? Qual destas opções será? Como? Onde?” (pg.174).
Outras sugestões surgem noutro contexto, ora vejámos:
Os “nossos conceitos de cores, as suas estruturas internas e o seu relacionamento entre eles, estão intrinsecamente vinculados à nossa personificação:
- condições de iluminação
- comprimento de onda da radiação electromagnética
- processamento neural”.
Quer dizer, “a ciência cognitiva diz-nos que as cores não existem no mundo externo”.
Se não existem no mundo externo, logicamente, estão associadas ao mundo interno. Não totalmente.
Ora “os nossos corpos e cérebros evoluíram para criar a cor”.
Portanto, como aparece a cor?
“A nossa experiência da cor é criada pela combinação de quatro factores:
- comprimentos de onda da luz reflectida,
- condições de iluminação (e dois aspectos de nossos corpos):
- os três tipos de cones coloridos em nossas retinas, que absorvem a luz de ondas longas, médias e curtas,
- o complexo circuito neurológico conectado a estes cones.
“Vemos uma cor em particular quando as condições de luz no contorno do objecto estão correctas, quando a radiação em certa gama afecta as nossas retinas e quando nossos cones coloridos absorvem a radiação, produzindo um sinal eléctrico que é apropriadamente processado pelo circuito cerebral em nossos cérebros. A experiência qualitativa que isto produz em nós é que chamamos de “cor”.
Kant afirmava “um céu estrelado por cima de mim; e, a lei moral em mim”
Será a “conciência colorida”?...
Ou, a consciência poder ser bela?...
P.S.(O princípio de captar e receber as imagens em cores está na decomposição da luz branca em três cores primárias que são o vermelho (R de red), o verde (G de green) e o azul (B de blue). Numa proporção de níveis de 30% de R, 59% de G e 11% de B. Na recepção o processo é inverso, a imagem compõem-se através da somatórias das cores de pixel, ou seja, nos pontos da tela do televisor.)
Artigo traduzido do livro Philosophy in the flesh – The embodied mind and its challenge to western thought, George Lakoff and Mark Johnson. Basic Books, Nova Iorque, 1999.
Seguidores
sábado, 30 de outubro de 2010
Staff presidencial.55 - Onde vás Portugal?
Onde vás Portugal?
Esperava, confortàvelmente, chegar ao ano de 2012, sem grandes problemas, nem grandes atritos económicos, já que o Dr. Mário Soares gerava e criava grandes perspectivas, mas que a mim, pessoalmente, nunca me convenceram, mas valha-nos o benefício da dúvida.
Todavia, os “anos dourados” da CEE permitiriam ganhar algum alento e alguma motivação, neste país periférico.
Mais que uma “jangada de pedra”, ao estilo de Saramago, dado a sua espontânea conivência com o eixo franco-alemão, situava-me na típica ideia de um “porta-aviões”, como sigla deste território, habituado às suas vagas de emigrantes, e, às suas sucessivas reciclagens económicas..
Esta pretensa ideia de “porta-aviões”, que consome mais do que produz, fazia-me lembrar, particularmente “in illo tempore” o parco bife que comia no Algarve, em Faro, quando ressurgia na minha mente, os alertas de 80% de importação, por vozes, de vizinhos do lado, franceses, sem qualquer pré-aviso de campanha de marketing.
Ora o cenário emergente deambula numa escuridão atónita, ainda que este pequeno “porta-aviões” represente 1% da economia europeia.
A meta do ano 2012, já que, por vezes, os portugueses pensam no futuro revela-se num “porta-aviões” prestes a meter água por qualquer sítio!...
Surgem personalidades destemidas a enfrentar o terrível “Adamastor”, e oxalá ergam o estímulo de “audaces fortuna iuvat”, já que o desalento se repercute em cadeia.
A riqueza de um Estado está na Natureza, recordando o velhinho Hobbes.
O arquétipo de um “porta-aviões” reverte para outros tipos de natureza. E, todo o tipo de naturezas humanas, sociais e culturais se erigem como demonstração dos novos sinais de riqueza.
O “porta-aviões” pode tornar-se numa “fábrica chinesa”, ou, num “bando de cigarras”, zurzindo os seus belos aviões, já que os portugueses adoram viaturas, mas deixaram fugir a “fábrica de automóveis portugueses”!...
Poeticamente recordámos: “esta ditosa pátria amada”, daqueles que lá longe lutaram por um futuro melhor!...
Oxalá que os “internos” levantem as suas bandeiras em honra da Pátria secular, que ela se torne perene como pequeno “porta-aviões” eficaz!...
"ÇA VA LE PORTUGAL"!...
Inquiria, Hélène Vedrine, nos corredores da Sorbonne!...(Resposta):
"ÇA VA PAS".
Esperava, confortàvelmente, chegar ao ano de 2012, sem grandes problemas, nem grandes atritos económicos, já que o Dr. Mário Soares gerava e criava grandes perspectivas, mas que a mim, pessoalmente, nunca me convenceram, mas valha-nos o benefício da dúvida.
Todavia, os “anos dourados” da CEE permitiriam ganhar algum alento e alguma motivação, neste país periférico.
Mais que uma “jangada de pedra”, ao estilo de Saramago, dado a sua espontânea conivência com o eixo franco-alemão, situava-me na típica ideia de um “porta-aviões”, como sigla deste território, habituado às suas vagas de emigrantes, e, às suas sucessivas reciclagens económicas..
Esta pretensa ideia de “porta-aviões”, que consome mais do que produz, fazia-me lembrar, particularmente “in illo tempore” o parco bife que comia no Algarve, em Faro, quando ressurgia na minha mente, os alertas de 80% de importação, por vozes, de vizinhos do lado, franceses, sem qualquer pré-aviso de campanha de marketing.
Ora o cenário emergente deambula numa escuridão atónita, ainda que este pequeno “porta-aviões” represente 1% da economia europeia.
A meta do ano 2012, já que, por vezes, os portugueses pensam no futuro revela-se num “porta-aviões” prestes a meter água por qualquer sítio!...
Surgem personalidades destemidas a enfrentar o terrível “Adamastor”, e oxalá ergam o estímulo de “audaces fortuna iuvat”, já que o desalento se repercute em cadeia.
A riqueza de um Estado está na Natureza, recordando o velhinho Hobbes.
O arquétipo de um “porta-aviões” reverte para outros tipos de natureza. E, todo o tipo de naturezas humanas, sociais e culturais se erigem como demonstração dos novos sinais de riqueza.
O “porta-aviões” pode tornar-se numa “fábrica chinesa”, ou, num “bando de cigarras”, zurzindo os seus belos aviões, já que os portugueses adoram viaturas, mas deixaram fugir a “fábrica de automóveis portugueses”!...
Poeticamente recordámos: “esta ditosa pátria amada”, daqueles que lá longe lutaram por um futuro melhor!...
Oxalá que os “internos” levantem as suas bandeiras em honra da Pátria secular, que ela se torne perene como pequeno “porta-aviões” eficaz!...
"ÇA VA LE PORTUGAL"!...
Inquiria, Hélène Vedrine, nos corredores da Sorbonne!...(Resposta):
"ÇA VA PAS".
Subscrever:
Mensagens (Atom)
EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez
Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...
-
Introdução A quinta ou solar da Loureira revela várias fases de construção e várias gerações de ocupação, através dos seus tempos e...
-
Hollywood West and António José Rocha - Período colonial espanhol No ano de 1815, com 25 anos de idade, António José Rocha ...
-
Caminho de Santiago na Casa de Gouvim em Gondarém “Seduziu e engravidou, o Abade..." não era qualquer título ou capítulo das "nov...