A frase de Varoufakis : "hoje, temos cidadãos transparentes e governos opacos" revela alguma ingenuidade.
Os governos representam os cidadãos, e a transparência dos cidadãos nem sempre é correcta, já que persiste o seu instinto individual.
Mas se os cidadãos não se revêem nesta representatividade, algo há que mudar.
Se aplicarmos este lema aos contribuintes verifica-se que cada vez mais esta transparência se impõe como meta de "justiça social".
O jornal "Diário de Notícias" revela que somos "o país do mil euros", e, que 83% dos salários não chegam aos 1.500 euros". (Talvez, alguém diga, quem dera que a maioria ganhassem este valor!...)
Esta realidade social é acompanhada com 600.000 desempregados.
A tese de que quem ganha 2.000 euros se situa num certo privilégio, a 50 % dos 4.000 euros de F. Hollande, os chamados "ricos franceses, esbarra nesta realidade do "país dos mil euros", e, a 50% da média dos pensionistas portugueses que labutaram, lutaram e trabalharam em França (534 euros).
Neste último ponto, o governo espanhol foi ágil e hábil nas suas exigências.
Nada menos de 59.000 portugueses nunca receberam os seus "direitos sociais" em França.