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quinta-feira, 7 de julho de 2011

EURO POLITIQUE 103 - "Balanço do Blogue".

Sem dúvida que a página mais consultada deste Blogue tem sido a “Mediação Protocolar” de 15.12.2010.

Nem imaginem os leitores deste “blogue” que o autor foi recebido com metralhadora nos jardins do Palácio Cor de Rosa de Lisboa, para audiência no terceiro andar, e perante tal ousadia protocolar somente faltava que fosse recebido no “Quai d’Orsay”, de igual modo.

Por isso, a razão do artigo de 15.12.2010.

Habituado às férias dos pilotos franceses em terras lusitanas, sendo estes habituais conhecedores da força dos “Mirage”, e associado, indirectamente, à "livre circulação" da famosa “moreninha tripartida”, nos círculos militares gauleses, a credibilidade de uma “Mediação Protocolar” reúne condições que qualquer entendido em diplomacia estratégica não menosprezaria.

Todavia as realidades políticas são diferentes. Se por acaso, se publicasse um artigo de imprensa sobre um país africano, o “Quai d’Orsay”, amigavelmente, convidaria o jornalista. Aqui, fundamenta-se internacionalmente a sua defesa, sobretudo em meio americano, porque a livre expressão tem limites, em terras lusitanas.

Todavia não é de armamento que transborda esta questão, é simplesmente de elucidação, e os leitores tem tido a amabilidade da sua compreensão.

A questão é que um pequeno país à beira mar plantado estava suficientemente ilustrado, nas suas altas esferas, da conjuntura de mudanças no Norte de África.

Quando se fala de informação, quer dizer, que estamos um passo avançado em relação aos outros!...

Porém, parece que certa informação e o conhecimento não valem dinheiro!...

Mas como na “guerra do dinheiro”, estamos condenados ao lixo, no sentido de Jean Paul Sartre, entre mortos e vivos, o “blogue” há-de se salvar!... (Porque apoio externo não faltará!...).

Lembrem-se, aqueles franceses se ainda estão vivos, a "Pantera Cor de Rosa", se não faz, pelo menos escreve: "Ça bouge, Quai d'Orsay"!...
"Audaces fortuna iuvat!..."

Episódios angolanos.5. "Tem granada!....Tem granada!..."


Escondidos nas curvas e por baixo de arbustos, era uma táctica e estratégia comum da força policial, tanto em terras lusas como gaulesas.
“Stop!...”

Penduradas as bouças em saudáveis embondeiros, ou semelhantes árvores de reposteiro, erguiam-se como caixas de “esmola aos santos”, quer dizer, as malas dos agentes de trânsito.
“Stop!...”

O maço de papéis enredava a consulta, portanto, o mais provável era a multa.

Mas saber negociar fazia parte do enleio e do paleio.A nobre função estatal escondia os interesses pessoais, cuja avidez se sobrepunha à função executiva.

Os mais recentes agentes ainda não tinham entrado na engrenagem policial, mas já se tornavam peritos no suborno das mais variadas peripécias, e tudo servia para encontrar “documento” sem ponto nem vírgula, sujeito à detenção.

Vangloriava-se certo chefe policial que qualquer almoço sem a “verde garrafinha” não tinha sabor, nem gracinha.
Portanto, a caça à multa tornava-se imperial.

Estes “nobres agentes” tinham andado no mato, e a sua adaptação à vida citadina implicava mudanças interiores que a rudeza matagal ainda não tinha colmatado. Ao contrário de certa elite militar que se esbanjava em mordomias salariais e sociais, o elo mais fraco tinha de ir para a estrada, para o ...
“Stop”.

Ainda não recomposto das sequelas da mata, José Malungo manda parar o carro.
"Stop".
Soberanamente pergunta:
- O pescoço?!...
- As duas moças ficaram assustadas com a utilização da palavra “pescoço” e ripostaram.
- O que é isso do pescoço!... Mas rapidamente intuíram que era o Bilhete de Identidade e mostraram os respectivos documentos, ao mesmo tempo que sentiram um mão roçando os seus seios, ouviram:
- “Tem granada!... tem granada!.... “
A condutora deu um grito com tanta força, que José Malungo deixou cair os documentos.
 Irritadas com tanta prepotência, rapidamente o “stop” transformou-se em “no stop”.
Diz uma amiga para a outra:
“Acelera que é...
- Stop”.

copyright - Luságua.

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

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