Se a "distribuição de terras" na
África do Sul não alcançou os "objectivos políticos desejados", já que nas mãos
de 80% dos antigos proprietários brancos se encontra a sua posse; Angola e
Moçambique na bela “tradição marxista” nacionalizaram a terra: “a terra pertence
ao Estado”.
Um sistema híbrido de noção de
“propriedade privada”, cujas garantias dependem da benesse do Estado. Ou seja,
a passagem do “modelo marxista” para o “modelo liberal”, apesar das instâncias
internacionais o exigirem, continua bloqueado na omnipotência estatal.
Até que ponto o direito à terra
das “gentes do campo” é garantido resta numa incógnita.
Até que ponto a
transição dos “usos e costumes da posse efectiva da terra” é determinado
depende do sistema legislativo, se por acaso, ele é aplicado.
O país do “arco-íris” não atingiu
a dita “revolução económica”, mas o “statu quo” do modelo marxista, em países
de Angola e Moçambique, deixa muito a
desejar!...
Claro que os investimentos da Portucel em Moçambique, em zonas florestais, são muito diferentes
do acesso à propriedade em Moçambique. Mas, o débil poder autártico, a consagração dos
"direitos à terra" dos camponeses carece de efectiva legislação.
Claro que os investimentos da Portucel em Moçambique, em zonas florestais, são muito diferentes
do acesso à propriedade em Moçambique. Mas, o débil poder autártico, a consagração dos
"direitos à terra" dos camponeses carece de efectiva legislação.
Efectivamente a transição destes
países para o “modelo de economia de mercado”, e para a concretização da
“efectiva propriedade privada” carece de ajustamentos e determinação.
Os jovens moçambicanos, com taxas
de 30% de empréstimo bancário para a aquisição de habitação própria, pouca esperança alcançam neste ensejo.
Se Angola, através da construção chinesa, resolveu algumas lacunas do seu problema habitacional, os
nacionais de Moçambique desesperam com o preço exorbitante da habitação.