“Participaram na Cimeira de Tripoli, iniciada na segunda-feira, em cerimónia presidida pelo líder líbio, Mouammar Kadhafi, representantes de 53 países da África e 27 da Europa.
Países como a Zâmbia, São Tomé e Príncipe, Eritreia, Tanzânia, Hungria, Comores, Namíbia, Cabo Verde, África do Sul, Moçambique, Argélia, Gabão e Togo participam com Chefes de Estados.
Por Marrocos esteve o Rei Mohammed VI, enquanto outros como a Itália, Portugal e Bélgica e Irlanda se fazem representar por primeiros-ministros.”
A Líbia sem Kadhafi não é Líbia.
“A Líbia não será jamais a guarda costeira da Europa”, mas parece que para exercer esse papel Kadhafi exige nada menos de 5 mil milhões de euros.
Portanto, afirma-se como a força de garantia da segurança europeia na questão da emigração, apesar de negociar com a China mais de 50% da sua exportação de petróleo, e, são os europeus que pagam as forças africanas nos processos de pacificação.
Ora, mais de 50% dos possíveis objectivos da Cimeira Africana de Lisboa não foram atingidos, e, por isso Kadhafi afirma que assim as coisas ficarão no papel. “Temos de nos voltar para a China, América do Sul ou Rússia”. De certo modo é verdade, por causa da crise monetária europeia.
Torna-se evidente que o todo africano não é o Brasil, nem os europeus aceitam a regionalização africana em cinco zonas. Preferem negociar país a país.
A diversidade europeia esbarra com a diversidade africana, fazendo que “um frango” seja mais barato importado do Brasil, que criado em Moçambique ou Angola, para não referir a Europa.
Queiramos ou não, é evidente que existe da parte da Europa uma visão etnocêntrica, que o conjunto africano, devido à sua diversidade e pluralidade, não ajuda a esbater. Quer dizer a África não é o Brasil, como um conjunto homogéneo em que as suas necessidades se perspectivem num todo, ou, em partes. Continua a ser uma presa dos múltiplos interesses de vários países.
O pretenso humanismo europeu esgrime-se com o pragmatismo chinês, continuando à deriva de um processo de desenvolvimento.
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