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domingo, 16 de janeiro de 2011

Staff presidencial.91 - Expresso - Na praia da Coelha e do Tamariz

Na praia da Coelha




Por vezes, alucinadamente, confundo a “praia da Coelha” com a “praia do Tamariz”.

Embora a praia do Tamariz fique pela zona rica do Estoril anunciava-se, “in illo tempore” (com viagem na agenda de Paris, saboreando os voos da "Air France") que o presidente seria um tal general Eanes, que desconhecia (off record).

Naquela época, a presidência não usufruía de qualquer orçamento, que agora atinge os 16 milhões de euros, que prontamente se argumentava que Macau poderia ser “a árvore das patacas”, como veio a acontecer.

Confesso que desconheço efectivamente a praia da Coelha, e pouco me interessa as interpretações de um tal Coelho. Habituado a pisar os pés em Albufeira, nunca saltei qualquer barranco para a nova ou velha vivenda “Mariani”.

Acho tão natural que um cidadão médio, neste país, tenha uma casa de habitação e de campo, que qualquer comentário não merece estas linhas.

Aquilo que me interessa é que existindo um orçamento, uma instituição a funcionar, que os seus elementos demonstrem, efectivamente, os valores em causa.

Este orçamento não sei se chega para pagar uma "elite", uma "classe de mérito profissional" ou "clube de amizades".

Queixar-se que não existe orçamento é dizer-lhes: “tens Macau”

Presentemente se existe “uma árvore das patacas” é necessário, simplesmente dizer-lhes: “queremos ver-lhes os frutos”.

A bela economia.10 - Política de classes - Economia

A política de classes




Aqueles que não beneficiaram com o crescimento económico continuarão no estado em que estavam, aqueles que enriqueceram com o crescimento económico, continuarão com os seus privilégios.

Entre a “classe dos pobres” e a “classe dos ricos”, quem paga, duplamente, a crise é a “chamada classe média”.

Pagar duplamente, quer dizer, durante e depois da austeridade.

Acresce-se ainda que, além disso, a globalização concedeu aos países emergentes uma saudável recuperação que interfere com os chamados cidadãos dos ditos países ricos, e , que os cidadãos europeus terão alguns dos seus privilégios condicionados.

A fractura da “classe média” obriga a que alguns passem para a classe dos pobres; e, outros consigam manter o seu “status”.

O empolamento de dois triliões de dólares, em 2008, no sistema financeiro mundial, nada tem a ver com o caso especifico de um banco português, ou, é precisamente, um caso exemplar, de compreensão desta situação?

Se um país, praticamente, nunca teve uma classe média, quais são os resultados deste processo de austeridade.

Continuará a eterna marginalização de uma classe média com uma certa élite a aproximar-se da classe rica.

A classe média é a classe mais presa do sistema político e financeiro. Não quer entrar na violência, nem na marginalidade, depende do Estado. Além disso está dependente e amarrada ao sistema financeiro. Como os bancos não querem perder, quem perde é a classe média.

E, que dizer de um país, sem classe média?

E, que dizer que dos países, mais débeis, em relação aos mais ricos?

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