Com a “moeda nacional” – kwanza – com uma cotação no
“mercado paralelo” em 450 kz’s face a
um dólar, e, com a cotação no “mercado oficial” nos 170 kz’s; apesar de uma
“inflação normal” nos empréstimos e seus juros a 17% ao ano, (ainda que a
anormalidade da inflação, num mês, seja superior a 10%); Angola acaba de pedir
um “reforço de cooperação” ao FMI, em que os "1.721 milhões de euros" atingem
somente os 1,5% ao ano, e, os outros
"2.272 milhões de euros" rondam os 3,5 % ao ano.
Aparentemente, é uma “jogada de mestre”, emboras as
aparências iludam.
O dinheiro de Angola, à solta e
no estrangeiro, ronda os 28 mil milhões de dólares; e, a classe dos ricos
angolanos não arrisca nas “pescas, agricultura e minas”, porque não é “dinheiro
fácil”. Esta falta de visão e confiança é a demonstração do atraso empresarial
e social angolano, que apesar de tempo suficiente e necessário não ousou construir
os fundamentos do seu desenvolvimento económico. Os cidadãos e as pessoas são o
fundamento da riqueza de um país, e, não uma elite de "mercenários ou golpistas",
especializados no “dinheiro fácil”.
Face a esta desconfiança e medo de risco dos
empresários angolanos, habituados ao “dinheiro fácil”, a estratégia
desenvolvida e dirigida ao FMI visa incrementar o investimento nestas áreas, tão carecidas e carentes.
Detendo alguns direitos de
colaboração com o FMI, sem depender do Brasil com os seus "10 mil milhões de
dólares" investidos nesta instituição, Angola coloca um desafio a si mesma, e aos
“possíveis tubarões” da “nota verde e fresca”.
O executivo angolano, certamente, manterá uma vigilância pela chegada da
famosa “nota verde”, já que os "6.000 milhões de dólares" dos chineses estão
encobertos numa certa neblina, modernizando uma sociedade ansiosa pelo
trabalho, pela dignificação humana, e, pelo grito de uma autêntica cidadania,
expressa em milhões, daqueles que constituem o povo angolano.