Investimento hispânico na Alta Velocidade Ferroviária (Clique na imagem)
A Espanha é o país da Europa com a maior rede de Alta Velocidade. Além disso, desenvolveu e detém uma tecnologia ferroviária que se expande pelo mundo, com créditos firmados na Arábia Saudita.
Vem a propósito, o Programa Nacional de Reformas (PNR), em que serão gastos vários mihões de euros, na contrução e modernização de 1.200 km de ferrovia, dando, como certos 907 km, até ao ano de 2020.
O "Jornal de Notícias" intitula que 85% deste plano geral será concretizado com ajudas, ou, financiamento da Europa; ou seja, dos 25 mil milhões, o Estado gastará, anualmente, 6,7 mil milhões de euros
Com grande êxito económico, Felipe Gonzalez lançou a Alta Velocidade, defendendo o centralismo espanhol, entre Sevilha e Madrid. Nessa época, as garantias do seu embaixador em Lisboa elucidava que o financiamento europeu atingia mais de 80% do seu custo; e, a obra está feira.
Ainda que Portugal não tenha a mesma estragégia de Espanha, nem os mesmos utentes, nem a mesma ambição, os custos estimados em relação aos espanhóis apresentam grandes diferenças, que se situavam, outrora, na ordem de 20% a 30% de ajudas comunitárias, e, que presentemente com estudos técnicos e económicos concretizados se quedam ainda a 25% do financiamento espanhol.
Claro que os créditos da CE ajudaram muito a Espanha, e os espanhóis souberam aproveitá-los.
Se, na totalidade, Portugal recebeu ajudas da CE, no valor de 100 mil milhões, a empresa espanhola ADIF gastou em infra estruturas, nada menos, de 36.576 milhões de euros, nos últimos 10 anos; enquanto que Portugal desbaratou "rios de dinheiro" (faz lembrar a auto-estrada do Alentejo) em estudos técnicos.
E, a grande questão da rentabilidade?
No mês de Agosto de 2015, a cifra de passageiros em "Alta Velocidade" e "Grande Distância" atinge a cifra de 20,48 milhões de passageiros, com um crescimento da ordem dos 6,4% anual, apesar das críticas europeias.
Ao contrário, Portugal continua e fica a "ver os combóios a passar" em Badajoz, ou, até em Marrocos, já que a diferença de financimento mantém uma constância de 25% em relação a Espanha, apesar das notícias do "Jornal de Notícias".
Conclusão: até nova demonstração, a ferrovia portuguesa será financiada a 60% pela Europa.
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