Mira Amaral, como presidente do Banco BIC, certamente que ao deixar o aeroporto de Luanda, não é obrigado a deixar os trocos em Kwanzas como gratificação aos seus empregados.
Mira Amaral adverte que as “transferências bancárias” estão sujeitas ao beneplácito do Banco de Angola.
Os casos paradigmáticos do dinheiro angolano em terras portuguesas, expressos na imprensa e “outros não mencionados”, são alvo de perícia policial e institucional, num país que se diz moderno, ao contrário, talvez do que se passa noutras paragens!...
Pouco nos interessa a precedência desses fundos já que diz respeito a pessoas e instituições angolanas.
Aquilo que verdadeiramente nos preocupa são os direitos de milhares de portugueses que honestamente trabalham em Angola.
Esses não devem ser assustados, nem amedrontados.
Os emigrantes portugueses na Europa, ou nos países civilizados, nunca tiveram problemas com as suas transferências, já que normalmente provinha de trabalho honesto.
Os cerca de 140.000 portugueses em Angola constituem um universo variado de pessoas, certamente haverá “casos” para “todos os gostos”, contrariamente à tradição emigrante portuguesa. Todavia fazer “avisos antecipados” quer dizer que as situações estarão, desde já, complicadas.
Normalmente, as “instituições políticas” pouco se interessam com “dia a dia” dos milhares de emigrantes.
Aquilo que se espera é que a eficiência demonstrada em Portugal pelo dinheiro angolano, em situações bem complicadas, tenha a mesma equivalência no sentido em que as economias ganhas, honestamente, com os portugueses em Angola, tenham o respectivo respeito.