Seguidores

domingo, 19 de fevereiro de 2012

EURO POLITIQUE. 310 - Mira Amaral e Angola

Mira Amaral, como presidente do Banco BIC, certamente que ao deixar o aeroporto de Luanda, não é obrigado a deixar os trocos em Kwanzas como gratificação aos seus empregados.


Mira Amaral adverte que as “transferências bancárias” estão sujeitas ao beneplácito do Banco de Angola.

Os casos paradigmáticos do dinheiro angolano em terras portuguesas, expressos na imprensa e “outros não mencionados”, são alvo de perícia policial e institucional, num país que se diz moderno, ao contrário, talvez do que se passa noutras paragens!...

Pouco nos interessa a precedência desses fundos já que diz respeito a pessoas e instituições angolanas.

Aquilo que verdadeiramente nos preocupa são os direitos de milhares de portugueses que honestamente trabalham em Angola.

Esses não devem ser assustados, nem amedrontados.

Os emigrantes portugueses na Europa, ou nos países civilizados, nunca tiveram problemas com as suas transferências, já que normalmente provinha de trabalho honesto.

Os cerca de 140.000 portugueses em Angola constituem um universo variado de pessoas, certamente haverá “casos” para “todos os gostos”, contrariamente à tradição emigrante portuguesa. Todavia fazer “avisos antecipados” quer dizer que as situações estarão, desde já, complicadas.

Normalmente, as “instituições políticas” pouco se interessam com “dia a dia” dos milhares de emigrantes.

Aquilo que se espera é que a eficiência demonstrada em Portugal pelo dinheiro angolano, em situações bem complicadas, tenha a mesma equivalência no sentido em que as economias ganhas, honestamente, com os portugueses em Angola, tenham o respectivo respeito.


EURO POLITIQUE. 309 - Germany and Genscher.2

Genscher é uma figura emblemática do imaginário alemão, digna de estar no Panthéon-Sorbonne, mas com figura, simplesmente humana, gostava de apreciar um copo de vinho do Porto.


Certamente que não dispunha de tempo para assistir às reportagens angolanas, junto ao dito mausoléu, nem de discutir mapas angolanos na capital portuguesa, nem tão pouco de selar compromissos de vassalagem de incógnito compromisso.

Mas que foi figura marcante na “política externa” alemã, parece que comunga de um parecer inteiro dos mais eruditos astronautas em tal veredicto.

Nos tempos de Gencher, colocavam-se duas vias alternativas à política externa portuguesa; uma europeia, a outra africana; ao mesmo tempo, que também se elaborava como presságio de um destino atribulado certas vias de desenvolvimento.

Aliás, a percepção destas realidades era mais evidente da parte dos franceses do que da parte da política externa alemã. Ao contrário da Inglaterra, Itália, Espanha, Holanda, França e Portugal, a Alemanha historicamente nunca teve um relacionamento condigno com África. Por isso, os franceses estavam melhor ilustrados que os alemães.

No contexto interno, enquanto que certos portugueses se deslumbravam com a via europeia, considerada como um “novo Brasil para Portugal”, outros apontam para a emergente via africana, com imensos sacrifícios internos e repletos de dor fraterna.

Neste jogo de alternativas ressurge a hegemonia alemã com novos arautos relembrando anátemas a uma cooperação, que em princípio beneficia os interesses germânicos.

Infelizmente fomos um país colonizador e colonizado ao mesmo tempo, cuja autonomia estratégica dependia de terceiros. Porém, esta dependência que faz relembrar a revolta de Lutero contra Roma, por causa dos impostos, (“a frase alemã onomatopaica”, é condizente com o presente estilo alemão), não quer dizer que a “política externa” portuguesa dependa da presente hegemonia alemã, como habitualmente parece depender de “terceiros”.

Esta dependência de “terceiros” está longe dos “garrote” dos alemães, aliás se for preciso evocaremos a fibra de Genscher.



EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...