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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

EUROPOLITIQUE: Construção e habitação em Angola


Com um investimento de 5 mil milhões de dólares, a empresa angolana “Organizações Ribeirinho” tem como objectivo a construção de 60 mil casas, com 100m2, nas províncias de Luanda, Bengo, Malanje, Cuanza Sul, Lunda Sul, Moxico, Huambo, Huíla e Benguela, ou seja, metade das 18 províncias de Angola
Calcula-se, grosso modo, que as carências, a nível da habitação, somente em Luanda, seja da ordem de 1.000.000 de fogos.
Apesar desta empresa consagrar 15 mil habitações em Luanda, certamente ficará bem longe das lacunas existentes.
A promessa governamental de 200 habitações por município, cujo total de municipalidades é da ordem das 173, implica a construção obrigatória ou oficial de 47.400 fogos. Se a sua extensão se estender pelas 618 comunas, em Angola, o objectivo atinge os 123.600 fogos
A isenção do pagamento de vários impostos a esta empresa, durante 5 anos, visa promover as regiões mais desfavorecidas, ainda que na sua implementação e desenvolvimento sejam criados 20 mil postos de trabalho.
Todavia, estes incentivos entre esta empresa e a ANIP, representante do Estado Angolano, carecem de mais iniciativas particulares ou corporativas.
A função da Sonangol, como fiel depositário e financiador das habitações em Angola, carece de uma independência e autonomia, quer a nível empresarial, quer  no seu papel de suporte financeiro. Ou seja, o número de casas construídas, por parte da Sonangol, começa a permitir um desafogo de créditos bancários, susceptíveis de um prolongamento continuado na construção da área habitacional, que sendo função do Estado, possa permitir a sua autonomia, quando ultrapasse a área social .
O objectivo inicial das promessas governamentais angolanas incluía a construção de 1 milhão de habitações, por todo o território de Angola,  mas esta meta, certamente, é insuficiente para uma capital, com dois milhões de carros e 6,5 milhões de habitantes, que carece, certamente, de 1 milhão de fogos.

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