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sábado, 20 de agosto de 2011

EURO POLITIQUE 103 - "Os Vistos de Cabinda"



Para evitar qualquer desconforto na entrada dos USA, melhor que tudo é exibir documentos de prova de convite intelectual ou familiar, embora não escape à “eterna questão de armas”. Aqui, uma dose de psicologia ajuda para evitar ter de esperar mais um mês.

Apesar de todos os condicionalismos, certamente que os portugueses mais depressa estão nos USA do que Angola, já que a capital angolana é das mais caras do mundo.

Claro que existem cidadãos portugueses que apesar de não terem os “famosos vistos de Cabinda” usufruem de um estatuto que lhes permitem aceitar ou não os convites que lhes são dirigidos.

Contrariamente qualquer turista português debater-se-ia com uma série de problemas que melhor seria não pisar os pés do Consulado Angolano.

Todavia a recente visita de Paulo Portas a Angola parece colocar um lenitivo a este sofrimentos dos vistos angolanos. Portanto, a esperança de melhores ventos parece abrir as portas.

Embora muitas portas estejam fechadas para muitos que desejariam “matar as saudades”, sendo-lhes mais fácil trocar Angola pelos USA.

A terra do petróleo condiciona a categoria de vistos. Se os americanos usufruem de um estatuto diferenciado, pelo menos que os portugueses que labutam ordeiramente em Angola sintam um pouco de humanismo.

A emigração perfumada e colorida que apresentam as suas evidências em território nacional deve prolongar-se no seu estilo em terras africanas sem a necessidade do cheiro do petróleo, ainda que o seu aroma se destile por terras algarvias.

Claro que o intercâmbio social não pontifica nas suas dimensões transversais, por razões culturais, políticas e sociais, todavia fomenta-se pelos laços de uma sã convivência social, quando ela se torna possível.

Abram-se as portas!...

EURO POLITIQUE 102 - "Uma Emigração Perfumada e Colorida".



Um jovem motorista de uma embaixada na Suíça reconfortava-se na sua vivenda junto dos “amigos de Peniche". Após ter educado duas filhas com licenciaturas em terras helvéticas, nada mais que chamar-lhe condignamente de “Embaixador”:

- "Como está o Sr. Embaixador"?!...

Esta dignidade pessoal e humilde ultrapassa aqueles “candelabros de prata” que uma secretária exibia por ofícios de mera representação funcional, nos tempos em que as condições mais modestas não permitiam o uso de perfume nas filas de atendimento.

“A emigração portuguesa já não é o que era”.

Portanto, a uma emigração mal cheirosa e descolorida assiste-se a uma emigração perfumada e colorida, longe do traje negro da viuvez de antanho.

Além de uma grande camada de jovens licenciados que deambulam por países europeus e quejando, feliz ou infelizmente, assiste-se ultimamente ao alegre convívio de muitos emigrantes que arrastam os seus consortes dos mais variados países. O cruzamento de intercâmbios sociais, é de nos “pôr os olhos em bico”; até chega ao Japão.

Parece que longe vão os tempos da luta pela “casinha”, por contraste com a exibição dos recentes modelos de viaturas para as longas caminhadas. Com mais ou menos verniz nas suas pinturas, com mais ou menos exibicionismo, as cores do intercâmbio social afastam-se dos “conluios políticos” e da “luta de cifrões individuais ou nacionais”.

Os modelos sociais sofrem mudanças que interferem neste tipo de “autoritarismo e sabedoria nacional” que sistematicamente pretende manter numa certa ignorância certa camada populacional, embora os “nacionais” continuem a ler os jornais. Não quer dizer que, por vezes, certos “índios” subvertam as regras do humanismo. Mas que a “emigração já não é o que era”, as evidências pretendem demonstrá-lo.

E, na explicação destes fenómenos sociais existem organizações aptas a conferir o seu selo de evidência demarcada. Somente registamos epifenómenos de natureza social.

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...