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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Portugal - Angola. 18. Fuel.4

CHEVRON - Cabinda





Esta empresa está presente em Angola desde 1954, tendo aberto o seu primeiro campo petrolífero em 1958. Afirmando-se com "parceiros de longa data", adquire o seu relevo com a descoberta do campo petrolífero de Malongo, em 1966.

Todavia, emergem certas críticas aos fundos aplicados nos territórios de Cabinda, que deveriam ser desmitificados.

Mas, sobretudo no campo da formação em universidades portuguesas, encontrámos um verdadeiro deserto. Não fosse, muitas vezes, o deserto sinónimo de petróleo.

A divulgação empresarial aponta para 78 salas de aulas na província de Cabinda, contribuindo assim para a educação de 5 000 jovens. Serão estes jovens, unicamente, oriundos de Cabinda?

Além disso afirma que gastou 345 milhões de dóllars, em 2005. A questão levanta-se, se efectivamente, foi feito este investimento em Cabinda.
Quais os projectos específicos desenvolvidos e sua eficácia formativa? Se, efectivamente aconteceu, qual é a credibilidade de um artigo desmentindo tal facto?

Por outro lado, esta empresa afirma que 88% da sua força laboral é angolana, nada revelando sobre a "força de trabalho" de origem portuguesa.

Ora, se efectivamente 3 000 técnicos angolanos beneficiam de salários compatíveis com o seu desempenho, quer dizer que a sociedade civil de Angola começa a ter uma certa classe média?

Todavia a questão mais emergente continua pertinente. Qual o contributo da engenharia portuguesa, ou, da dita "engenharia de petróleos", ou, qual o contributo das universidades lusas, neste contexto bilateral das relações luso-angolanas?

Se "somos parceiros de longa data", por que razão estámos tão fora do barco?

Portugal - Angola. 17. Fuel.3




O distíco de promoção de "Engenharia de Petróleos" do Instituto aguarda que a sua implementação produza os seus efeitos no contexto bilateral, para gáudio dos futuros alunos portugueses e angolanos.

Aliás, o  anúncio  feito  pelo  presidente  da  Sonangol  em  providenciar  1 000 milhões de dóllars para o recente investimento no Iraque, conviria que se repercutisse na formação dos futuros engenheiros do petróleo.

Apesar da Arábia Saudita conseguir colocar o barril de petróleo a dois dóllars, após a extracção, aguardaremos se o negócio de 6 dóllares por barril, pagos pela Sonangol, terão o seu devido retorno.

Além disso, acresce-se que a experiência tecnológica da Sonangol ainda não atingiu o seu pleno apogeu.

Portanto, esta empresa terá de desenvolver parcerias, quiçá interessantes para outras congéneres.

Todavia há que salientar dois aspectos importantes para esta empresa.

Primeiro, a criação de um autêntico "Fundo Soberano", tendo como paradigma o fundo norueguês.

Segundo, a entrada em bolsa desta empresa nos mercados de Nova Iorque, Johannesbourg e Luanda, em 2012.

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