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segunda-feira, 3 de outubro de 2016

EUROPOLITIQUE: De Luanda até ao "objecto artístico" - veado de Vila Nova de Cerveira pelo escultor José Rodrigues

Revisão de texto
O famoso Fídias tinha o hábito de se colocar por trás de um reposteiro, para apreciar as críticas em relação às suas obras.
Um dia, um sapateiro criticou as sandálias de uma escultura; e, o famoso escultor grego admitiu para consigo mesmo, que realmente havia um pequeno defeito. Por isso retocou as sandálias, facto que não escapou ao sapateiro. Cheio de presunção e orgulhoso da sua observação, o sapateiro que tinha criticado Fídias “desatinou” a colocar defeitos “aqui e acolá “.
Perante tanta arrogância, o escultor Fídias saiu do reposteiro ou cortina, com tanta veemência e disse:
    - "Ó sapateiro, de sapatos e sandálias, "percebes - tu"; mas de estátuas e de arte  "percebo - eu”. A multidão da cidade de Olímpia, onde estava o seu "atelier",  ("cujos pés também pisámos"), delirou com o Mestre Fídias.

     Um dia, um famoso crítico de arte da "Lusa Atenas" andava descontente com o percurso artístico do “Mestre José Rodrigues”, de modo que a melhor forma de obter um certo “ónus da prova" era confrontar a crítica com a sapiência do Mestre.
Cândidamente, na sua sabedoria e voz amiga, José Rodrigues retorquiu:
   -  “Com o tempo, aquilo passa-lhe”.
Evidentemente que não vestimos o hábito de monge, nem nos encaixamos em qualquer convento, ou, deixámos passar a "culpa solteira", porque não há "nenhuma prova de ónus”.
A única prova de “ónus” é que o tempo marca a obra, revela o artista e desperta o espectador.
      Nesta trilogia emerge a obra artística do Grande Mestre José Rodrigues. O tempo histórico é a marca da profundeza da sua criação artística. Com o tempo e com a obra, convivemos numa salutar harmonia ou divergência, sabendo que cada marco, cada traço ou cada cor nos transforma e perfura como um estilete na cera da nossa ignorância.
      Postumamente, é carinhoso recordar: “O Grande Mestre”.

EUROPOLITIQUE: "Hasta Madrid"!... Caixa Geral de Depósitos


«Temos vindo a trabalhar muito intensamente com o Banco de Portugal para termos uma solução sistémica. Relativamente à Caixa Geral de Depósitos, o Estado assumiu no programa de recapitalização a resolução desse problema, mas era bom que pudéssemos ter uma solução sistémica compatível com as regras da concorrência».
Afirmações de António Costa, Primeiro Ministro, ao jornal Público.
O Estado, como único accionista da CGD, tem a obrigação de saber o que faz, já que a confiança de muitos portugueses neste banco ainda não esmoreceu, mas também, se questionam: “até quando?”.
Para além dos negócios com Angola, com as empresas espanholas, com os empreendimentos turísticos, aquilo que intriga alguns comentadores é a expansão da CGD para Espanha, que começou na sua zona fronteiriça e se alargou “hasta Madrid”.
Como, habitante da “raia”, ou, seja da “zona fronteiriça”, naquela época, desconhecia que o Sr. Rui Vilar (Banco de Portugal), e, Aníbal Cavaco Silva (Primeiro Ministro) tinham apadrinhado este projecto, já que nestas regiões navegava bastante dinheiro, fruto da emigração.
E, se o projecto, à partida, era razoável e prometia dar frutos, os comentadores questionam a sua expansão e desenvolvimento, implicando seus presumíveis responsáveis, que nas “competências do Estado”, por vezes,  se diluem na “esteira” do “deixa andar”.
Felizmente, a Espanha, no seu todo e no crédito imobiliário, está a dar a volta por cima, excepção à falência das ditas empresas espanholas que a CGD suporta.
Se, a economia pertence aos economistas e financeiros, que o seu principal accionista encontre e devolva o crédito que os portugueses merecem.

EUROPOLITIQUE: O Fisco e as "heranças indivisas"


Pessoalmente, compreendo a “preguiça e desleixo” do Fisco e das Repartições de Finanças, no exercício de fiscalidade, sobre os herdeiros nas heranças indivisas.
Nada menos de 600.000 heranças, que presumivelmente existam no País,  darão muito que fazer aos funcionários das Finanças, à sua fiscalização, que em tempos “mais mortos” do seu labor, teriam espaço e tempo para a regularização da “igualdade de direitos”, sobretudo, taxando cada herdeiro pela sua respectiva quota. Por isso, a chamada “justiça fiscal” evitaria muitas contendas por falta do rigor do cumprimento e pagamento de impostos, em situação de igualdade, dos seus direitos adjacentes, e, da “consciência cívica e tributária”, que compete a cada contribuinte.
“Os verdadeiramente ricos têm meios para escapar à pressão fiscal. São uma espécie de senhores feudais, com coutada privada. Quem paga impostos é cada vez mais a classe média, que não pode transferir negócios, património e rendimentos para offshores, nem pode fazer manobras contabilísticas”, afirma Armando Esteves Pereira, no Jornal Correio da Manhã de 03.10.2016.
Claro que certa classe rica tem meios para manobrar as “leis fiscais”, manipular as “complexas leis fiscais” , e, obter de forma ilegal uma fuga aos impostos.
Mas estes “feudos” das heranças indivisas, que o Fisco, em geral, deve ter noção da sua realidade, nesta sociedade portuguesa, é terreno fértil de "jagunços e coronéis".  São autênticas “coutadas” que envolvem “ricos falidos”, pessoas singulares, (cuja vida não resulta de rendimentos do trabalho), e, que suscita a avidez e ganância de “enriquecimento ilícito”; e, em que a “igualdade de direitos” dos seus contribuintes (dentro ou fora da lei fiscal)  é manobrada, por terceiros, nas suas “leis fiscais”.

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...