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domingo, 20 de junho de 2010

Algoritmo de Kadafi.22 - "Crossroads of Ten"

Crossroads of Ten



Andrea Canino, presidente do «Mediteranean Business Council», ou, melhor dizendo, «EcoMed», num artigo intitulado «O Mediterrâneo em estado de desunião”, publicado, no jornal Expresso de 18-06-10, termina o artigo da seguinte forma: “Portugal com o prestígio pessoal de que goza o ministro Amado na região, tem um papel para evitar o pior”.

Salientámos, no cerne do artigo, o seguinte: “ao alavancar recursos complementares do Sul – mão-de-obra, energia, matérias primas – e do Norte – competências de gestão, competências técnicas, tecnologias avançadas – a Europa poderia adicionar um ponto precioso na sua taxa de crescimento anual”.

Ora, a balança comercial entre Portugal e Líbia é desfavorável para Portugal. Em 2009 importou 332,2 milhões de euros, e vendeu 35,4 milhões de euros; todavia, um valor baixo, mas que representa um crescimento enorme, pois que, em 2007, as exportações nacionais não ultrapassavam os 500 mil euros.

Quer dizer, que a “embaixada de segunda”, criada na Líbia deu alguns magros frutos, já que a diferença se mantém de 1 para 10, apesar do "prestigio do senhor Amado".

É evidente, que não se espera numa confederação do tipo de Repúblicas Árabes, aliás, não está nas nossas tradições, como aconteceu, em 1972, já que a Líbia e o Egipto se uniram, para logo se dissolverem em 1979; ou, como em 1984, a Líbia e o Marrocos tentaram uma união formal, extinta em 1986. Prolongá-la até Portugal seria um feito de mau gosto, e, para isso já chega a Madeira!...

Contra o colonialismo, ou, por algumas razões de xenofobia, os italianos que em 1940 constituíam uma comunidade de 120.000 residentes, ou seja, 13% do total da população da Líbia, na época, sofreram uma redução para 22.530, em 2004, e, actualmente são algumas dezenas na indústria petrolífera.

Aliás, a representatividade da missão diplomática reduz-se a doze pessoas, e, torna-se difícil competir na construção de 450.000 habitações com mão-de-obra chinesa.

Todavia o prestígio não pode ficar nas palavras, tem de ser efectivo, nas acções, senão ficaremos na relação de um para dez, e, aqui não reside nenhum prestígio.

Algoritmo de Kadafi.22 - "Crossroads of beach"




A Libia afirma-se como o único país do mundo que detém uma bandeira de uma única cor- o verde. Esta unicidade contrasta com o “arco-íris” da África do Sul.


Mas nas praias da Líbia redobra-se num preto e branco, bem longe do colorido do Brasil.

Se a empresa brasileira que constrói a 3.ª circular da “Sereia do Norte de África”, ou seja, Tripoli, ilustrasse o clã Kadafi de que as chácaras não servem somente para aterragem de jactos “jet-set”, mas para o contacto com a natureza, e, para o turismo, talvez a unicidade ou dualidade colorida da Líbia se multiplicasse num agradável arco-íris.

Em Tripoli existem dois hotéis de cinco estrelas – o “Corinthia Bab Tripoli, e, o “Mehari”, óptimos para visitas de negócios, e dois hotéis de quatro estrelas – o “Waddan Intercontinental” e o “Tripoli Internacional”, coadjuvados por dois pequenos hotéis de charme.

Para um país que exibe pretensões a relançar o seu turismo, certamente que se queda muito longe dos seus objectivos, não esquecendo a estreiteza ou afunilamento imposto às agências de viagens.

Bem longe estamos dos tempos áureos de antigamente e da saudosa Tripolitania, ou seja, da Líbia romana, que alcançou a sua época dourada por volta de 190 d.C., quando Septimius Severus, natural de Leptis Magna, se converteu-se Imperador de Roma. Para não dizer que um terço dos senadores romanos provinha do Norte de áfrica, tendo como referência Cartago.

Mas já que os exemplos europeus não encaixam muito bem da mundividência árabe, sempre desconfiada de propósitos colonialistas, relançamos as perspectivas para o Brasil, tendo como suporte e exemplo paradigmático o país do arco-íris – África do Sul.

Em vez de filhos pródigos em exibicionismos de jet-set pelas luxuriantes florestas brasileiras, convirá dar um novo colorido às praias da Líbia, mantendo a unicidade verde da sua bandeira.

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