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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

ANGOLA: "O Olho Chinês"

“O accionista chinês da EDP quer comprar a participação de 4,14% que o Estado português ainda detém na eléctrica portuguesa, anunciou nesta quarta-feira o presidente da China Three Gorges, Cao Guangjing. “Sim, estamos interessados em comprar mais 4,14% [do capital da EDP]. Estamos a estudar o assunto e muito em breve apresentaremos a nossa proposta”, disse Cao Guangjing, em declarações à Lusa, em Pequim.” O senso comum lamenta a falta de capacidade da gestão portuguesa nos promissores mercados à frente da EDP. É evidente que juntando capacidade técnica e “dinheiro fresco” reúnem-se as condições necessárias e suficientes para que os mercados da expansão da EDP se clarifiquem, se a ousadia portuguesa não esmorecer face aos planos do seu desenvolvimento. Angola e Moçambique carecem de infra estruturas que a capacidade técnica dos portugueses e a ambição dos chineses podem facilmente colmatar. Por isso, o “olho chinês” ambiciona certamente marcar o tempo e o seu ritmo nestes países africanos. Mas a indústria portuguesa não pode ficar inerte e passiva a este “piscar de olho chinês”. Convém delinear estratégias para que não fique dependente do omnipotente mercado industrial chinês. Aliás, a “tradição do senso comum” e da “evidência técnica” demonstram que a iniciativa chinesa deixa muito a desejar na sua eficácia e solidez científica. Sem dúvida que a constante falta de energia eléctrica na cidade de Luanda, os contínuos apagões na cidade de Maputo poderão encontrar soluções pela dupla de portugueses e chineses. Angola, Congo e Moçambique reúnem condições insondáveis de produção de energia eléctrica que somente esperam por investimentos condignos para o seu êxito comercial. As populações ficarão gratas por tais iniciativas, e certamente pagarão os seus consumos para gáudio dos chineses.

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