«A noção de que somos cidadãos,
não escravos, mas donos da nossa sociedade. O conceito de cidadania, de que
temos direitos, mas também responsabilidades. A crença na igualdade perante a
lei não apenas para alguns, mas para todos”.
Os três pressupostos basilares, elaborados por Barak
Obama, na pátria da democracia, ou seja, na Grécia: “sociedade. cidadania e justiça” têm como objectivo o crescimento e
aperfeiçoamento das comunidades, ditas democráticas.
Já dizia Aristóteles: quem não sabe viver em
sociedade, ou, é um “Deus”; ou, é uma “besta”.
Infelizmente, parece que os modernos meios de comunicação social tendem para
estes extremos de glorificação e condenação: por um lado, os deuses; por outro lado, os criminosos.
O crime impera como domínio da “crónica negra”, do
subdesenvolvimento social e humano; a “deusificação” como elemento essencial do
estrelato.
Todavia, o caminho na humanidade parece ser o da
educação, na velha senda platónica.
Na senda da animalidade para a humanidade, pelo
respeito e diferença do outro, encontra o seu título mais importante na consciência de cidadão.
O cidadão é aquele que pertence à cidade, ao modelo
de organização que é a sociedade, ou, a comunidade, voltando ao tema
aristotélico.
As comunidades têm usos e costumes diversos, e, sobretudo
têm em uma língua em comum. Os vários tipos de democracia nem sempre assentam
nestes pressupostos, em que o primado da justiça e da lei, coordena a sociedade
e informa o indivíduo, como cidadão, já que, por vezes o seu individualismo
tende tanto à divinização, ou, tanto à animalidade.
O “pacto social” está estabelecido à nascença, e
nela se insere o cidadão, com mais ou menos liberdade, com mais ou menos violência,
implicando que seja um sujeito activo dessa sociedade. Onde há direitos surgem
deveres. O conjunto de indivíduos que formam uma sociedade devem lutar para que
os direitos sejam afirmados e os deveres sejam cumpridos, construindo um espaço
de cidadania em que não se glorifica o seu “deus”, nem que ouse soltar a sua
besta.