Em 18 de Setembro de 2014, a empresa Mota Engil compra ao Estado a empresa EGF, por
149,9 milhões de euros (segundo dizem, ao Estado). «A EGF é a sub-holding do Grupo Águas de Portugal para
a área de negócio dos resíduos e tem por missão contribuir para a resolução
ambientalmente correcta do problema dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU),
promovendo o seu tratamento e valorização, num quadro de desenvolvimento
sustentável. Actualmente, integra 14 empresas constituídas em parceria com os
municípios, as quais são responsáveis pelo tratamento e valorização de cerca de
2,3 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU), o equivalente a 62%
do total nacional, servindo uma população de aproximadamente 5,5 milhões de
habitantes em 145 autarquias».
A
tarifa de preços dos “resíduos urbanos” constitui um preço bastante elevado aos
contribuintes portugueses, nas suas contas de consumo de água.
Além
do imposto municipal associado ao negócio da água, os cidadãos, no exercício da
sua civilidade, seleccionam devidamente os vários tipos de lixo para o seu
devido aproveitamento industrial. Os lucros do “negócio do lixo” são pouco
transparentes, já que a sua recolha rende muitos milhares de euros às empresas
associadas a esta actividade. As estatísticas não são bastante evidentes e
extensivas neste tipo de negócio.
Em
Espanha calcula-se que o negócio do lixo rende 4.000 milhões de euros de benefícios
para as empresas associadas ao “negócio do lixo”.
Por isso,
o “negócio do lixo” carece de maior transparência para benefício dos
contribuintes portugueses, como também, para a contabilidade dos municípios e
empresas que com eles colaboram.