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quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

EUROPOLITIQUE: O ideal do coração aos 150 anos de idade

A média de esperança de vida da maioria dos portugueses ronda os 83/84 anos. Ainda não chegámos aos problemas sociais da sociedade japonesa em relação à velhice, mas lentamente caminhámos para esses patamares, que grandes problemas criam à segurança social. Se, a pirâmide social está invertida não se vislumbram soluções razoáveis para colmatar este problema.  

 Entre o envelhecimento com “qualidade de vida”, (o que para alguns passa pelos meios económicos), ou, a redução da senescência, que o nosso código genético acarreta, aspira-se a um rejuvenescimento das células, quer através da sua estrutura física interna, quer através da substituição dessas por artefactos que fazem a sua função.

Perguntar ao cérebro pela sua função imunológica é retratar o papel das suas próprias “imagens internas” que ele cria de si mesmo, exercendo uma função de vigilância própria, através de uma atitude natural de limpeza do sistema operativo que ele consegue exercer.

Existe um enigma da longevidade oculto na vida das pessoas. O nosso médico pode fornecer-nos a estima de mais dez anos de vida, segundo as circunstâncias vitais apresentadas. Mas, em relação ao futuro de vida não há prognósticos, ou, melhor dito não há certezas. Dieta e exercício físico são condicionantes prováveis de maior longevidade. E, uma certa estimulação profunda do cérebro garante-nos alguma capacidade de melhor sobrevivência. Mas estamos sempre condenados às várias condicionantes da biologia (estilo de vida e alimentação) e da evolução da nossa própria mente (por ex: alteração de memória). Aliás, uma alimentação pouco calórica, ou, simplesmente “comer menos”, nem sempre é do agrado de “saborear ou gozar” a velhice, ou, os poucos anos do resto da nossa vida. A gula é um pecado quando os outros faltam!..


Apesar dos avanços científicos, o motor do sistema circulatório sanguíneo - o coração - atinge facilmente o seu prolongamento até aos 150 anos. Ora, se o motor tem esta potência, as peças que o compõem revelam-se frágeis, já que fazem parte da sua própria composição. Quer dizer, que as células que alimentam a sua própria rotatividade, desgastam-se mais depressa do que a sua estrutura. Por isso, atingir saudavelmente a média dos portugueses é uma benesse e uma dádiva, digna de agradecimento.

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...