Após a proposta de compra de um
eucalipto por um euro, em Moçambique, como futuro de garantia de uma grande
árvore; o negócio virou-se para a venda de cimento, em Angola, que um espanhol
desenvolvia, com grande perícia na navegação de especial rendimento.
Ora, estima-se que no ano de 2013 foram
importadas 3 milhões de toneladas de cimento para o território angolano; no
entanto, no ano de 2014, o executivo governamental proibiu a importação deste
produto, já que Angola caminha para a auto suficiência deste material.
A produção de cimento atingiu as 8 milhões
de toneladas, que faz de Angola um país auto suficiente. Às empresas
existentes:
“Nova Cimangola” (Luanda),
“FCKS” (Kwanza Sul),
“Secil” (Benguela)
e “Cimenforte” (Benguela),
vem juntar-se a “nova coqueluche” – “CIF”
(Luanda) –
China International Fund Ltd – fábrica de cimento
com uma produção de 3,6 milhões de toneladas, marca “ clinquer” e 4 milhões de toneladas da marca “portland”.
Além destas fábricas em linha de produção,
aguarda-se o projecto de implementação de mais três fábricas.
A crise do cimento parece ultrapassada em
terras angolanas, todavia o negócio desta matéria prima continuará na sua senda
de expansão.
A “Associação da Indústria Cimenteira de
Angola” (AICA) projecta expandir o negócio do cimento pelos seus países
vizinhos, já que as carências em terras africanas são mais que evidentes.
Se a história do “eucalipto” e
do seu “vendedor do templo” tem como parceria a Portucel em Moçambique, com
milhares de hectares de plantação, o “astuto espanhol” está condenado a
tornar-se num “pirata” de alto mar, cujo peso do cimento endurece nos mares e nas costas
angolanas.