O parque habitacional de Portugal totalizou em 2011 quatro milhões de alojamentos, dos quais 68,2% eram de residência habitual, (o que corresponde a 2,8 pessoas por agregado familiar).
Deste parque habitacional, 1,2 milhões (19,3%) são de alojamento sazonal e 735 mil (12,5%) são de alojamentos vagos.
Numa população em que 19% tem mais de 65 anos, num universo de 2,023 milhões de idosos.
Grosso modo, digamos que 20% do parque habitacional português pertence aos idosos?
É que não basta analisar o baixo nível de reformas, mas é necessário indicar, no universo dos idosos, aqueles que são proprietários; cuja relação de factos nem sempre é analisada.
Se o Alentejo surge com a maior percentagem de idosos, ou seja 24% da sua população, cujo número atinge os 776.585 habitantes, a sua relação como detentores de qualquer património, ainda não está esclarecida; como também, o seu parentesco descendente se encontra por analisar, ou seja, o seu vínculo jurídico entre pais e filhos. E, que dizer, se em Lisboa, 18% da sua população tem 518.069, e qual a sua relação com os bens patrimoniais e a sua descendência?
Um terço do universo total de idosos, ou seja, 400.316 habitantes vivem na solidão, em que o Alentejo detém a primazia, com 40.316 cidadãos, superando Lisboa com os seus 35.470 habitantes.
Um terço do universo total de idosos, ou seja, 400.964 de habitantes, não têm alguém por perto, portanto, vivem em zonas isoladas.
Portanto, somente um terço dos idosos beneficiam de apoio familiar ou institucional.
Mas se 115.285 cidadãos têm, efectivamente apoio domiciliário, as projecções apontam para que mais de 80% dos idosos estão entregues à sua própria sorte.
A triologia entre idosos-património-filiação é um dado necessário e eficiente para aquilatar a verdadeira razão do envelhecimento em Portugal.