Seguidores

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Staff presidencial 93. "Le discours"


Apesar de passar o rio Mississipi duas vezes (“twice”), lembrei-me, imediatamente, de Heráclito, e, de que não tinha passado as suas águas “duas vezes”. Entre a tese de Heráclito, ou seja, do movimento, e, a tese de Parménides, ou seja, da permanência, parece que o discurso da “vitória de candidatura” soou a uma manutenção de “status quo” que nada teve a ver com a mudança.


Apesar de embarcarmos numa análise prematura de um mês e oito dias, extrapolada pelo DN, aliás de 18-12-2010, de que a rota se encaminhava por “um passeio da avenida”, florido e altaneiro, o discurso ressentiu-se de ressabida indulgência.

Para quem desconhece as confissões do “frade mais rico de Portugal” e do seu “alto representante acólito” parece que pairou pouca “luz” (sem citar o seu largo) na penumbra dos pecadilhos naturais da política.

Nos países democráticos, o poder reside no povo, que, pelo seu voto outorga e concede sua soberania. Todavia, as várias camadas da sociedade divergentes e convergentes, integrantes e desviantes, sustêm uma panóplia de mundividências nas quais parece imperar um certo discurso diplomático e humanitário que deveria apaziguar os ânimos, em vez de desencadear as mais vis paixões, já que a hora é de celebração.

Valha-nos a complacência verdadeira ou falsa de “Nunes Liberato” na redacção “a priori” ou “a posteriori” de tal testemunho!...

Mas a sociedade portuguesa dá sinais de outras exigências que deveriam orientar um estilo de urbanidade e positividade, susceptível de agradar a “gregos e troianos” para evitar guerrilhas de menor importância.

Já que "le discours c'est toujours une trahison du discours", ou seja, n"a língua portuguesa é muito traiçoeira".

Staff presidencial 92. "Ça bouge - Quai d'Orsay"



A passar férias na Suíça, as estruturas diplomáticas portuguesas, pensavam que os “leigos” em matéria diplomática desconhecem os meandros da sua hierarquia. Tal profusa confusão só pode acontecer em terras do Qatar.


Aliás, é assaz controverso que um “ex-ministro” da política externa “condene” a candidatura satírica de um madeirense, num sistema democrático; como, na Antiga Grécia não houvesse, paralelamente, a filosofia racional e platónica, e, a filosofia cínica e divergente na “sociedade dos políticos”.

A diplomacia francesa, com pré-aviso declarado, acaba de mudar de Embaixador na Tunísia.

Há que salvar a honra da casa, e, portanto uma nova face ressurge nos "novos ventos" que sopram no Norte de África.

Comparar a diplomacia francesa com a diplomacia portuguesa é um exercício de mera conjectura racional, dado os meios de influência e agilidade mental.

Aliás, embora ressurge a afirmação de um pensamento autónomo e próprio no contexto nacional ou partidário, parece que no campo externo a subordinação à batuta da chefia esmorece por falta de autonomia e afirmação, embora ressalvando a necessária interdependência.

Esta autonomia, somente, ressurge em entrevistas esporádicas, deixando continuamente o leme, a quem, por direito detém a sua condução, mas que aniquila a manifestação de uma condução mais vigorosa, exigente e evidente.

Por isso, o “passar férias na Suíça” não passa de uma reprodução a “papel químico”, de uma laicizada hierarquia, ou, daquilo que infelizmente repetem outras estruturas estrangeiras, que, por pura coincidência têm, também, insuspeito carimbo luso.

Bem haja, a diplomacia francesa pela sua rapidez e eficiência, em colmatar as suas deficiências, e, em promover um sadio diálogo que tenha em conta as ansiedades da dita sociedade civil.

“Ça bouge – Quai d’Orsay”.

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...