Apesar de passar o rio Mississipi duas vezes (“twice”), lembrei-me, imediatamente, de Heráclito, e, de que não tinha passado as suas águas “duas vezes”. Entre a tese de Heráclito, ou seja, do movimento, e, a tese de Parménides, ou seja, da permanência, parece que o discurso da “vitória de candidatura” soou a uma manutenção de “status quo” que nada teve a ver com a mudança.
Apesar de embarcarmos numa análise prematura de um mês e oito dias, extrapolada pelo DN, aliás de 18-12-2010, de que a rota se encaminhava por “um passeio da avenida”, florido e altaneiro, o discurso ressentiu-se de ressabida indulgência.
Para quem desconhece as confissões do “frade mais rico de Portugal” e do seu “alto representante acólito” parece que pairou pouca “luz” (sem citar o seu largo) na penumbra dos pecadilhos naturais da política.
Nos países democráticos, o poder reside no povo, que, pelo seu voto outorga e concede sua soberania. Todavia, as várias camadas da sociedade divergentes e convergentes, integrantes e desviantes, sustêm uma panóplia de mundividências nas quais parece imperar um certo discurso diplomático e humanitário que deveria apaziguar os ânimos, em vez de desencadear as mais vis paixões, já que a hora é de celebração.
Valha-nos a complacência verdadeira ou falsa de “Nunes Liberato” na redacção “a priori” ou “a posteriori” de tal testemunho!...
Mas a sociedade portuguesa dá sinais de outras exigências que deveriam orientar um estilo de urbanidade e positividade, susceptível de agradar a “gregos e troianos” para evitar guerrilhas de menor importância.
Já que "le discours c'est toujours une trahison du discours", ou seja, n"a língua portuguesa é muito traiçoeira".