Os comentadores portuguesas e a imprensa lusa desdobram-se em análises sobre as eleições em França.
País, charneira do centro europeu, a evolução política em França tem imensas repercusões no seu contexto do Sul da Europa; e, as suas consequências determinam uma evolução do chamado "projecto europeu".
Portanto, não se pode ficar insensível ao desenrolar deste "avenir" que condiciona o papel e função dos restantes países, ou, estados. Entre o "banqueiro" e a "nacionalista", o projecto de França abarca também os "desideratos" daqueles países, que se projectam neste "espaço europeu".
A única potência média e nuclear europeia, pátria de embaixadores e senhora de uma forte política externa, embora condicionada pelo potencial económico da Alemanha, torna-se o epicentro da evolução europeia.
Por isso, o peso destas eleições não é simplesmente nacional, mas internacional, no contexto dos países europeus. Se, os franceses não aquilatam ou menosprezam estas evidências, presume-se que entraremos em sobressaltos e convulsões que afectam os seus pares.
"A França é a França", costuma dizer-se, mas o Hexágono é um polígono, cujas faces tem arestas que podem ser benignas ou maléficas para um "projecto europeu" que caminha quase à deriva, reclamando um timoneiro, congregador de um novo "élan" de vontades.