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domingo, 12 de maio de 2019

EUROPOLITIQUE: O nosso misterioso cérebro e as suas relações familiares

“O conserto do carro atingia valores superiores ao seu valor”, a “pancada no ferro evidenciava um grande acidente”, de forma que se questionava a relação entre o “eu nuclear” e o “eu autobiográfico” eivado e prenhe de algum conteúdo de inveja, frustração, ou, deceção. O desejo de afirmação, ou, “expansão do eu” prolongava-se de forma grandiosa, de forma que o melhor era verificar os reais alicerces da construção de tão ambicionada estátua interior.

«A maioria dos distúrbios da consciência resulta de uma forma de disfunção cerebral profunda. Em alguns casos o mecanismo é químico. São exemplos disso as doses excessivas de várias drogas, incluindo a insulina usada no tratamento dos diabetes, bem como os níveis excessivos de glucose no sangue, no caso dos diabetes, não tratada». (pag.293)

A confirmação da alteração de consciência, ou, da relação cérebro e mente não tardou. Verificou-se através de uma consulta de urgência médica, já que o seu arrastamento tinha causado vários e sucessivos desmaios. Mas, as feridas familiares agravaram-se em afastamento sentimental, de modo que as cenas de desprezo e ódio, autênticos muros de isolamento, sobrepuseram-se a um sadio relacionamento. As causas cerebrais afetaram as relações psicológicas e familiares, cujo sujeito desconhecia a sua origem, embora fosse paciente desse mal.


Apesar da existência de 86 mil milhões de neurónios, com uma capacidade de processamento de 50 mil quadros, imagens ou pensamentos por dia, e um “stock” de memória de 4700 milhões de livros resume-se simplesmente ao relato citado no “Livro da Consciência” de António Damásio. Santo Agostinho caminhava sobre um grande areal, quando se interrogava sobre o mistério da Santíssima Trindade. Dizia para si próprio: como queres compreender este mistério em que tu és um pequeno grão de areia. Ora, um pedaço do cérebro do tamanho de um grão de areia contém 100.000 neurónios e realiza 1000 milhões de sinapses, em que todos os neurónios estão em comunicação uns com os outros.

EUROPOLITIQUE: As eleições europeias e a política da sardinha


As eleições europeias, para o senso comum português, quedam-se na luta política de fações partidárias que dirimem pretensos argumentos de ousadia retórica e patriotismo nacional, ou, senão pelo seu contrário, de pretensa nulidade. (Claro que as comissões de trabalho europeu estão delineadas e nelas se inscrevem os deputados portugueses; por isso, o trabalho é evidente, mas a ousadia nacional parece ausente).

Para exemplificação do “grande desinteresse e abstenção portuguesa” coloquemos o desempenho e desenvolvimento da problemática ferroviária que tem como paralelismo Portugal e Espanha.

Se o centralismo político espanhol da capital madrilena está vigente na implementação da alta velocidade, ele tornou-se um fator de desenvolvimento interno (indústria ferroviária) e um símbolo de exportação.

O problema da ferrovia espanhola parece ser o das “cercanias”, o que paradoxalmente remete para o handicap português. Como, por outro lado, o híper desenvolvimento da “alta velocidade” fosse um fator da centralidade espanhola em terras lusas.


Mas, se prolongar o exemplo ferroviário por outros constrangimentos do “navegar à vista” cairá nos “portos portugueses” e no “mar das aflições” que nos sobressaltam.

N.B. Os portugueses comem a sardinha que os europeus lhes dão nos seus próprios mares (águas atlânticas). 

(Obs: 3% de representatividade; 60% de legislação europeia....)

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...