Mas, num sentido muito popular, com o “mal dos outros” costuma-se dizer “podemos bem”.
Por isso, será em vão procurar qualquer “provedor de justiça” no relacionamento entre Angola e Portugal.
Aliás, a confusão de geografia ou mapas, que certamente que os angolanos agradecem, advém dos velhos tempos de Genscher.
Os cronistas lusos menosprezaram certas atitudes que apontavam para um declínio dos valores europeus, pontificada por um recente eleito germânico.
É claro que a inexistência de um “cartão europeu” impede a defesa de “qualquer protocolo”, dadas as evidências nacionalistas.
Todavia, a fibra de Genscher ainda deve dizer qualquer coisa aos alemães, e evocar a sua memória é um préstimo que parece que nos engrandece.
É claro que as “instituições nacionais” deixaram à “sociedade civil” a humilde tarefa de confronto possível com tão ilustres arautos da “política externa”, meticulosamente elaborada num pequeno cenáculo belga, fazendo lembrar a “última ceia” do quadro de Da Vinci. Mas desde as “terras do fim do mundo”, como se diz de Angola até aos “areópagos europeus”, perpassa um movimento que interpreta os “sinais do tempo”, em que o “vazio conceito hegeliano” se preenche e desenvolve na sua história.
O “tempo histórico” também “vazio em si” deixará transparecer o “espírito” que o anima e fecunda!...
Aí, talvez, possamos evocar Genscher, ou, parafraseando, o célebre artista José Rodrigues: “isso com o tempo, passa-lhe”!...
P.S.
Emily Haber sublinhou que Angola “é um país com estabilidade política, com o qual se pode estabelecer um diálogo sério e profundo sobre várias questões da actualidade” e prometeu empenho no aprofundamento da relação bilateral.