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sábado, 5 de novembro de 2011

EURO POLITIQUE 142 . O senso comum da economia.3




Há quem defenda que a economia é demasiado séria para ser deixada somente aos economistas.
Quanto vale a Itália?
A Itália só vale pelo dinheiro que tem em caixa!...
Aquilo que se assiste na Europa é um deve e haver que condiciona a vida de muitos países, sem qualquer avaliação do seu património cultural, industrial e social. Neste sentido somente alguns com dinheiro em caixa resistem ao deve e haver. Os Estados estão condenados a uma caixa rígida do deve e haver, sem autonomia e elasticidade para lutar com os países emergentes, que não têm o mesmo peso, porque não é somente o crescimento, a única variável constante da economia, como consta na sociologia.
Utilizar a mesma balança económica num mundo sem regulação das regras de produção é viciar os dados da sua equivalência.
Os países emergentes pouco entendem deste formulação de uma moeda fixa que parece não ter um banco emissor que coordene os múltiplos teres e haveres, tendo em conta multiplicidade das várias economias. Os mecanismos de sustentação são deixados à deriva das flutuações do deve e haver, única variável económica.
Aliás, alguns países emergentes devem andar atónitos com este modelo de Europa que sempre se arvorou como paradigma e exemplo para outros países.
“Se eles não emprestam dinheiro uns aos outros, porque razão vamos nós emprestar”?
Entregámos o dinheiro ao FMI, pois queremos não ficar sem o “suor do nosso povo”, afirma a Presidente do Brasil.
Ainda me recorda de ouvir Herbert Marcuse, em Nanterre, pouco captando do seu alemão, do mesmo modo que, agora, me encontro enredado neste pequeno comentário. Mas se o “homem unidimensional” se revela em todo o mundo, é somente o denominador comum do dinheiro que rege a estrutura mundial.
O modelo social europeu, cheio de benesses públicas, capitula em relação a outros modelos que carecem da defesa dos elementares direitos humanos.
Parece que uma nova ordem mundial em relação à produção e gestão do dinheiro se impõe e que os seus mecanismos de avaliação tenham em conta outras variáveis de construção.

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...