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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Euro Politique 253 . Angola e Kilamba Kiaxi



T2 69 MIL USD
T3 85 MIL USD
T4 115 MIL USD

Informações vindas de terceiros
Para aquisição de casa na nova cidade do Kilamba Kiaxi, deverão organizar os seguintes documentos:

• Fotocópia do BI;
• Fotocópia do Cartão de Contribuinte;
• Registo Criminal;
• Declaração de serviço espelhando o salário base;
• Fotocópia dos 3 últimos recibos de Salário;
• Extracto Bancário.



A cidade de Kilamba Kiaxi apresenta-se como a “nova coqueluche” do projecto habitacional de Luanda.
Construída por 9 000 chineses, em que participaram quase menos de 2 000 angolanos, talvez se apresente como um “negócio da China”.
Se compararmos com a realidade moçambicana torna-se evidentemente que o preço base devia ser de 40 000 dólares, na nossa óptica de europeu e de “analista isento”.
Todavia, para além das questões económicas, dos créditos bancários, ou, dos salários angolanos, que somente a indústria petrolífera pode suportar, aquilo que mais confrange é o “mundo do trabalho”.
Portugal cometeu um erro crasso quando aboliu as Escolas Comerciais e Industriais. A formação profissional foi um caos!...
A França tem mecanismos de compensação para estas realidades profissionais.
Um dos êxitos do Brasil no seu combate à pobreza começou pelas escolas. É através das escolas que os problemas de uma sociedade podem encontrar caminhos de saída. A escola é um laboratório da sociedade.
Mas os “certificados de competência profissional” também podem desenvolver-se através da prática.
Cabe aos seus agentes encontrar as melhores formas, mas certamente que “Kilamba Kaiaxi” não se apresenta como exemplo profissional e comercial.





N.B. Oxalá não acontece como os prédios de Maputo, onde há problemas de condomínio, onde é necessário um guarda de segurança!...

Nem aconteça como os “ghettos” da gente rica brasileira, enclausurada do resto da sociedade, com os célebres “arrastões”!...



Claro que os novos proprietários tem de pagar condomínio e imposto municipal.
Ora, os salários começam com um motorista a ganhar entre 300 a 500 dólares e chegam aos técnicos de petróleo a ganharem 12.000 dólares.
Nem tudo são rosas!...


P.S. Claro que no mercado particular os andares se situam entre os 2 milhões e 500.000 dólares, e se tiver sorte, aluga um espaço habitacional por 2.000 dólares.

Euro Politique 252. Angola e a Educação




Lisboa  é sem dúvida a porta de entrada de Angola. Nada menos de 14 ligações semanais interligam este fluxo emigratório de 100.000 a 120.000 cidadãos de ambos os países. Se os residentes angolanos baixaram de 120 mil, para 60 mil residentes (com uma embaixada em Lisboa, e consulados no Porto, Faro e Coimbra), os cidadãos portugueses que procuram Angola estão numa espiral ascendente.
Enquanto que os angolanos procuram Portugal como destino turístico, comercial, intelectual, ou, por razões familiares; os portugueses prosseguem um destino de emigração.
Enquanto que das 50.000 empresas angolanas 10% talvez sejam exportadoras, nada menos de 80.000 empresas portuguesas exportam para Angola. E, comparar o turismo angolano com a África do Sul é uma miragem!...
Todavia existem fenómenos idênticos aos portugueses e angolanos.
Nada menos de 6 800.000 alunos angolanos do primário ao secundário debatem-se com o abandono escolar, pela sedução das cidades e “rápido rendimento”, e pela atracção das zonas costeiras marítimas. “A merenda gratuita” para as crianças mais carenciadas, e, a gratuidade de “manuais escolares” para as famílias de baixa renda aproximam-se de alguns dos objectivos do 1 700.000 alunos portugueses.
Todavia esta realidade de quase 7 milhões de alunos em Angola contrasta  com outra realidade: ”Leonel da Silva revelou que, actualmente, existe em Angola cerca de um milhão e 500 mil contribuintes preponderantes para as arrecadações ficais do Estado, cuja importância aumenta ao longo dos anos. (“Estamos a trabalhar em termos de arrecadação de receitas e notamos ganhos positivos da actuação dos contribuintes”, realçou o director nacional de Impostos.”). Situação que é totalmente inversa com o caso português.
Todavia os projectos de intercâmbio de 200 professores portugueses ainda não tiveram uma execução digna de intercâmbio escolar.
Se, por vezes, as turmas são frequentadas por 70 alunos, esta realidade contrasta com a realidade portuguesa que se encontra em pleno declínio.
Apesar da construção de muitas escolas em Angola, elas debatem-se com enormes problemas de organização, gestão e administração que poderiam ser colmatas pelo intercâmbio de portugueses. É claro que os problemas de habitação preocupam os próprios angolanos, quanto mais as necessidades emergentes deste intercâmbio.
Além da Escola Portuguesa em Luanda com um excesso de procura de alunos, na ordem dos 1 200, existem também as “escolas Eiffel”, da petrolífera Total, na ordem dos 550 alunos.
Mas o futuro passa pela educação!...

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...