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sexta-feira, 10 de junho de 2016

EUROPOLITIQUE: A “Sonangol” entre o cómico, a ironia e a política


O  “cómico” é que Isabel dos Santos, via “ex populi”, já sentou na “cadeira do Presidente". “Esquentou a cadeira, mas o fogo está quente!...”
Será que, a “bombeira”, que não nasceu em Angola, (via "solis, ou, via "sanguinis"?) apagará a “fogueira angolana”?
A “ironia” é que Isabel dos Santos, como “administradora” da Sonangol não foi eleita, “ipsis verbis”, por “questões políticas”. Na sua cadeira de “administradora” não existe qualquer “relação política”, com Angola, com o MPLA, sendo filha de quem é.
Será que Isabel dos Santos é tão “inocente” que desconhece a “condução política de Angola, o partido MPLA, e, o seu chefe ou "líder”?
A “política” é que o MPLA, sem a empresa “Sonangol” nunca seria o partido que é, chefiado por quem é; e, o comando de Angola nunca seria o que é.
Ou seja, "tout court", o partido do MPLA sem a Sonangol , possivelmente,  seria derrotado pelo partido da UNITA.
A partir deste trilogia, entre o “cómico”, a “ironia” e a “política”, quer dizer, que da “reestruturação” da empresa “Sonangol”, depende a afirmação política do MPLA, do seu governo,  da sua presidência, e, sobretudo, da política de independência de Angola.
Já que, a empresa “Sonangol” desempenha um papel essencial no sistema político e partidário de Angola, (um estado dentro de outro Estado), aliado imprescindível do actual poder angolano; qualquer situação de fracasso ou êxito da sua “reestruturação” significa o colapso ou afirmação da “política angolana”, e, do MPLA.
O assunto é demasiado sério, quer nacional, quer internacionalmente; já que o MPLA e a Sonangol fazem parte intrínseca e historicamente do estado actual de Angola.
Por isso, o seu “timoneiro”, em último recurso,  recorreu à sua “princesa” , com êxitos firmados e confirmados, nacional e internacionalmente,  para o que o “reino” de Mbanza Congo não sucumba ao fracasso interno e externo.
Por mais que digam que isto não é político, a nomeação de Isabel dos Santos tem como objectivo salvar a “questão política” de Angola, já que Angola e o MPLA, sem a Sonangol”, não resiste a qualquer situação de abismo, já que, infelizmente,  está completamente dependente do êxito ou fracasso desta empresa.
Aliás, se é a “maldição do petróleo”, quando um País depende de uma empresa, ou, depende, unicamente, dos petróleos, caminha naquele espelho que a Venezuela irradia, demonstra e caminha.

EUROPOLITIQUE: Reestruturação é a “palavra de ordem” para a Sonangol.

Como objectivo essencial aponta-se a passagem do "custo de produção" do barril de petróleo dos seus catorze dólares para os 10 ou 8 dólares. (Aliás, na Arábia Saudita, está nos 4 dólares)
A Sonangol, segundo se diz, tem mais de 10.000 trabalhadores, com salários, típicos da indústria petrolífera. A redução de trabalhadores, o corte de salários, a perda de regalias sociais, o corte de muitas benesses estão no horizonte dos trabalhadores da Sonangol.
Além disso, os altos cargos da Sonangol estão, também, sujeitos ao “emagrecimento” da empresa, porque a “crise” aperta a todos.
A Sonangol tem extensões proprietárias que ultrapassam a sua territorialidade, os seus domínios e a sua jurisdição.
A Sonangol tem um conjunto de empresas parasitárias, ou, com falta de independência, cuja autonomia carece de desenvolvimento.
A Sonangol predomina em espaços, por exemplo, o gás, apesar dos 28,5% de participação, em que a afirmação deste “cluster” tem potencialidades de desenvolvimento, mas que se encontra dependente da Sonangol.
 Mas à palavra “reestruturação” juntou-se o concílio e a voz dos operadores estrangeiros que percebem, entendem e enfrentam a crise do petróleo, além de outros possíveis operadores árabes, europeus ou chineses.
Portanto, como “empresa rainha” da economia angolana (empresarial e financeiro) impunha-se a chamada dos  seus directos operadores ou “parceiros” congéneres, nestas questões do petróleo.
Por isso,  a conferência com os directores gerais da BP Angola (Darryl Willis), da Total ( Jacques Azibert), e, sobretudo da Chevron (John Baltz) são o prelúdio de que, efectivamente, a palavra de ordem ”reestruturação”, está sob comando de Isabel dos Santos.
"Audaces fortuna iuvat".

EUROPOLITIQUE: Frutas e Legumes = 0,007% do potencial de compras da Alemanha

Deambulava-se, pelo pequeno mercado, nos arredores de Paris, quando o “pequeno comerciante árabe” apontava para um fruto, cujo nome em francês é “orange".
A laranja, de origem árabe, com nome português, associada ao Algarve, e, à sua possível exportação.
“Só não se exportou mais laranja no ano passado por falta de quantidade”, refere o representante da “Portugal Fresch”.
Apesar dos “alemães rendidos à fruta portuguesa”, as nossas exportações, para este País, representam menos de 0,007% do seu "potencial de compras", avaliado em 12,7 mil milhões de euros.
A enorme quantidade de carros e outros produtos, comprados na Alemanha, contrasta com o sector de “frutas e legumes” que representam 2,5% das nossas exportações, que inserem no universo do “sector alimentar”, com um valor de 22,7% de exportações.
Somente, à boleia da cadeia alimentar Lidl, com camiões vazios de Portugal para a Alemanha, conseguimos ultrapassar obstáculos financeiros, económicos e estrururais. Mas, ainda bem, porque esta “cadeia alimentar”, cada vez mais, factura em Portugal; e, portanto, tem obrigação de alguns serviços económicos, sociais e políticos.
“Frutas, legumes e flores”, que têm de ultrapassar a barreira dos Pirinéus, onde as enormes filas de camiões espanhóis são visíveis há mais de 40 anos,  tal como a recomendação do “pequeno comerciante árabe”, representaram 39, 703 milhões de euros (3,6% de exportações), em 2014, e, 79,345 milhões de euros, (6,5% de exportações), em 2015, para a Alemanha.
Apesar de algum êxito, a produção estrangeira em Portugal é enorme e visível, tal como no campo do “marketing”, a sua projecção está dependente  do "poderio estrangeiro".
Só nos resta impor, não só a palavra “orange”, que os árabes nos concederam como “laranja”, (tipicamente portuguesa), como reclamar o “espírito árabe” para que a dose comerciante impregne a nossa “alma lusa”. (10 de Junho, 2016).

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...