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domingo, 22 de outubro de 2017

EUROPOLITIQUE: A Racionalização da Floresta


Calcula-se que 20% do território português seja do Estado, onde pontifica a floresta.
A separação entre o mundo urbano e o mundo rural é uma contradição do sistema interno português.
A perspectiva estrangeira, a nível do fabrico da pasta de papel, tece elogios à qualidade deste produto. Ou seja, aquilo que é uma riqueza na perspectiva dc outros, é vista, pelos portugueses como uma pobreza. 
Quando atravessei a zona de Lisboa até Aveiro, o meu receio era a extinção da massa verde que bordejava a auto-estrada.
Gosto de eucaliptos, gosto de pinheiros, gosto do verde que cobre o território português. 
Mas, esta riqueza verdejante, que pulula naturalmente, carece de ser afagada e protegida com carinho, com esmero, e, com trabalho, quer pelos municípios que recebem a suas rendas, quer pelos proprietários que tiram dela os seus lucros, quer pelo omnipotente Estado, que desconhecendo os seus reais 20% de território de floresta ou outros, se deixa enredar nas teias dos vários interesses implantados e se torna impotente em relaçãoe aos fenómenos da natureza.
Antigamente, o pastoreio, o mato, carqueija, e, a madeira era a riqueza e sustento dos lavradores. 
A mudança de paradima impõ-se.
Hoje, são as máquinas, o plantio, a recta ordenação do território com a variedade legítima de espécies que deve ordenar a floresta. 
A racionalidade tem de imperar contra a espontaneidade. 
A natureza espontânea deve conciliar-se com a industrialização, com o aproveitamento integrado das várias espécies que o território feliz e abundamente permite obter.
Se, aos olhos dos estrangeiros, a floresta portuguesa é uma riqueza, relançá-la na pobreza é desconhecer as suas potencialidades; e, fazer daquilo que parece pobre uma parte da economia que se pode tornar rica. 
"Rica é a floresta portuguesa", pelo menos, aos olhos de jornalistas franceses, (há mais de 40 anos).

EUROPOLITIQUE: Um "Novo Mónaco" na Catalunha?


"Que me interessa conhecer todo o sistema se não me encontro lá", dizia Soren Kierkegaard acerca do sistema filosófico de Hegel. A mesma questão se coloca àquela catalã que em terras do tio Sam deambulava nas profundezas do pensamento do filósofo dinamarquês. 
Como apaixonado dos vikings estou bem longe da realidade da Catalunha, do sistema político de Hegel, ou, do existencialismo religioso de Kierkegaard, mas unido nesta problemática de "nuestros hermanos", que também nos afecta, quer economicamente, quer socialmente. 
Parece que o sufrágio europeu, a nível dos seus líderes, e a opinião dos seus filiais sul-americanos olha de lado para esta pretensão independista da Catalunha.
 Se a sua pujança económica corresponde somente ao seu desejo de independência, será o puro egoísmo que sobe de tom. Porventura, a Catalunha aspira a torna-se um novo Mónaco, ou, a suavidade de uma pequena Andorra?
As profundezas do seu "Volksgeist" imprimem um tal movimento interno que faça explodir as circunstâncias externas, quer nacionais, quer internacionais?
A unidade de Espanha, um desiderato de um Caudilho testamentário, parece explodir na força democrática de quem se sente amordaçado por correntes de gerações que sempre aspiraram a uma autonomia própria. E, que espécie de autonomia?
Desde a inquisição que o sistema de autoridade em Espanha não é o mais benigno. Por isso, as reacções do poder e a revolta dos seus cidadãos irão fazer correr muita tinta nos jornais e, talvez, outra tinta, nas ruas.
Nada menos, de 300.000 funcionários estão na calha de mudanças!...

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...