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sexta-feira, 1 de maio de 2009

Episódios de Viking Gunderedo.6




A Morte Trágica de Sancho

A trágica morte do rei Sancho II (956-966), marca, de forma indelével, a divergência entre a Galiza do Norte e a Galiza do Sul, ou seja, a crescente afirmação e autonomia do Condado portucalense.
Cabe aos autênticos historiadores demonstrar aquilo que desenvolvemos como a tese mais aceitável, já que os nossos intentos rodopiam numa epopeia considerada ultra-periférica, que se afasta dos cânones de uma autêntica investigação histórica.
O reino da Galiza enraíza-se no antigo reino dos suevos que ocuparam o Noroeste peninsular pelo ano de 409, e, que durante duzentos anos permaneceram nesta região, sendo absorvidos pelos visigodos, quando estes se converteram ao catolicismo, sob a influência do seu soberano mais famoso Leovigildo (568-585). A influência dos visigodos sobre o reino dos suevos, conquistado em 585, durou pouco tempo, pois em 711, os árabes ocupam a Península Ibérica.
Todavia, o reino da Galiza oscilava entre a sua legítima ambição de independência, e, o poder exercido pelos reis de Leão. As tensões e rivalidades entre os senhores galegos e os defensores de Leão eram constantes, não obstante, convém salientar que as capitais do reino dos suevos se situaram na Galiza do Sul, e, repartiram-se pelo Porto, Braga e Tui. A morte de Sancho I envolve duas teses que permanecem enigmáticas

Episódios de Viking Gunderedo.5


Uma vez restabelecida a paz naquela região, ou seja, no Ducado da Normandia, que perduraria pelos trinta anos de governação de Ricardo I, às forças que quisessem estabelecer-se no território concedeu-se-lhes esta opção, sendo-lhes distribuídas terras, com a incubência de se converterem ao cristianismo; e, àquelas que desejassem deixar a Normandia ser-lhes-iam facultado a sua saída. Ora, acontece que estas forças retomaram o mar recarregados de víveres, sendo acompanhados por homens de Cotentin, região do Ducado da Normandia, que lhes serviram de pilotos até Espanha, onde nos conduzirá esta expedição – se se dá crédito aos escritos de Dudon, como adverte o historiador francês Jean Renaud.
A interpretação de outro antigo historiador francês, com tradição de orientalista, Lévi Provençal, converge nesta coincidência, dado que a presença destas forças, estacionadas na Normandia, causavam embaraço à autoridade de Ricardo I (942-996), terceiro Duque da Normandia, de forma que resolveu dar-lhes a possibilidade de uma saída airosa dos seus territórios. A atitude em providenciar-lhes pilotos e víveres, denota um grau de reconhecimento e vassalagem digna de feitos meritórios de alguma recompensa.
Mais recentemente, o historiador galego, Manuel Velasco, de Catoira partilha idêntica opinião afirmando que estas forças “procedentes de Normandia, donde habían ayudado al rey Ricardo Sin Miedo a luchar contra los franceses...al mando de jarl Gundraed”.

Episódios de Viking Gunderedo.4


A consolidação do Ducado da Normandia, bastião emergente da futura história viking, possivelmente oculta o labor e eficiência de um contingente de forças anónimas, conduzido por Viking Gunderedo. Os relatos históricos são escassos, nesta conturbada época histórica, sobretudo quando se trata da expansão viking no Ocidente. A história do Ducado da Normandia constitui-se à margem do Reino dos Francos, posteriormente, encomendada pelos seus governantes, a monges e eclesiásticos que são vítimas do seu domínio e opressão. Então, o que dizer da esporádica historiografia galega, algo inculta e desmoralizada, pelos instáveis governos locais, tendo, sempre iminente, a ameaça árabe sobre os seus ombros.
Numa cimeira entre Normandos e Francos, em Jeufosse, prepara-se um acordo de paz que o rei Lotário (Reino dos Francos) acaba por concluir entre Junho, ou, Julho de 965. O rei Lotário reconhece a autoridade de Ricardo I, como Duque da Normandia, território francês, sob domínio viking por longos anos, cessando, deste modo, as contínuos ataques aos débeis limites francos.
O Ducado da Normandia constituído e reconhecido pelos reis francos, em 911, e dirigido pelo primeiro Duque de nome Rolão, sofrera uma série de ataques dirigidos por forças francas, segundo relata o cónego Dudon de Saint Quentin. Face a estas ameaças, consta-se que Ricardo I pediu reforços ao rei da Dinamarca, e, que este lhe enviou uma frota de guerreiros. Todavia alvitra-se que seria meramente um grupo de vikings que estariam de passagem por esta região. Pouco se sabe deste cronista eclesiástico, antes do ano de 968. ainda que tivesse sido encarregado por Ricardo I de escrever a história do Ducado da Normandia, por volta do ano de 994, cuja crónica se intitula “acerca dos costumes e actos dos primeiros duques da Normandia”.

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