“Troika quer a CGD fora das empresas cotadas”, intitula o Expresso no seu caderno de “Economia” de 7 de Maio de 2011.
Assim o 1% da CGD deve sair da GALP, aliás esta instituição bancária já teve tempo de aprender quando se prolongou por terras espanholas.
Aliás, a base da GALP deve ser em Sines, já que o seu “centro nevrálgico” se situa nesta península.
Todavia como “centro nevrálgico” toda uma teia de relações políticas, internacionais e diplomáticas devem ser ilustradas perante os objectivos empresariais, e, também, perante a sua “sociedade civil” que a contextualiza.
Este “centro nevrálgico” (com um certo poder implosivo) não pode continuar, somente, como uma espécie de manipulação de marionetes que servem para grandes empregos, ou, personagens de arribação.
A César o que é de César, ou seja, ao Estado o que é de Estado, às empresas o que é das empresas.
Pouco interessa o “órgão de representação de accionistas”, ou, o “organismo para as questões fiscais”, ou, até o “modelo de conselho fiscal”, numa palavra todo o organigrama que compõe a empresa, se a “sociedade civil” não tem uma palavra a dizer.
Simplesmente comprar petróleo aos líbios, não deve ser para alimentar visitas de políticos, interesses obscuros, conluios sufragados para quem não pretende demonstrar as razões das suas políticas económicas.
A constituição de um “centro nevrálgico” não implica esconder a face dos accionistas, pelo contrário. Sejam eles italianos, angolanos ou portugueses não podem esconder-se na simples cotação das acções.
O seu rosto tem de ser bem visível para que as coordenadas se instaurem numa eficaz estratégia.
O diálogo da “classe trabalhadora” com os “rostos dos accionistas” tem de estar presente em algumas decisões. O Estado deve ter o benefício das “questões fiscais”, mas a independência dos seus gestores deve esmerar-se na eficiência da empresa.
O mundo do petróleo é um mundo complexo, mas esta complexidade deve ser clara e distinta de interferências políticas, sobretudo quando elas não apresentam nenhuma clarividência e ousadia no conjunto de valores que deve impregnar a sua actividade empresarial.
Sem chefe de protocolo, nem "mediação protocolar", a Troika deu um empurrão para que Sines se torne na "capital do petróleo".