A administração portuguesa
Regras do funcionamento de certa “administração portuguesa”
Em primeiro lugar assenta na grande influência exercida pelos meios decisórios e pensantes da capital, ou seja, Lisboa. (Alias, a capital reserva para si toda uma panóplia de privilégios que são distribuídos segundo as mais variadas benesses aos seus correligionários, quer a nível nacional, quer a nível internacional)
Em segundo lugar pelo auto-conhecimento ou reconhecimento personalizado das petições em causa. Intercâmbio de influências amigáveis, pressão de reivindicações, meios disponíveis de influência. (Nunca se incompatibilize com certos funcionários ou instituições!....)
Em terceiro lugar pela chamada “cunha”, como dizem o os franceses “piston” para fazer com que o motor avance ou desencadeie alguma decisão. É mais do que o “código postal” acerta em cheio nas suas pretensões.
Em quarto lugar evite a falta de clarividência, objectividade e argúcia dos propósitos envolvidos, que juntamente com a “cegueira”, ou, melhor ausência de conhecimento dos processos em causa, acarreta desfechos contraditórios ou prejudiciais.
Em quinto lugar a decisão autoritária, sem apelo nem agravo de qualquer hipótese de contestação, susceptível de pôr em causa o poder determinante do chefe, determinam um ajustamento adequado ao teor da pretensão. Utilize as suas armas proporcionalmente.
Em sexto lugar a exibição do rigor legislativo, incapaz de colmatar situações de elucidação e de cariz humanitário deve ser evitado por qualquer tipo de jurisdição alheia aos objectivos pretendidos. Se puder, dialogue com os “deuses” e deixe os “humanos”.
Em sétimo lugar, a cópia de modelos estrangeiros, sem a indagação dos seus pressupostos subjacentes à execução de tais planificações deve ser eliminado por ser tornar incómodo por falta de lucidez.
Em oitavo lugar apesar da cópia dos modelos estrangeiros erige-se a demonstração de um cumprimento mais audaz que a iniciativa exógena. A ideia de qualquer progresso não encaixa nos estigmas indígenas.
Em nono lugar, por vezes, a aversão e a rejeição do modelo estrangeiro por uma demonstração da inteligência própria assenta no atraso das próprias capacidades internas, psíquicas e sociais. Por isso, a sua eficácia revela rejeição.
Em décimo lugar, apesar de pretensão atingida pela troca, ausência ou defeito do objectivo inicialmente pretendido e atendido, suporta-o e encaminha-se para outra via, deixando inconformado o requerente, e, parcialmente atendido no seu objectivo. Medite e premedite mais tempo que estas letras!....
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domingo, 14 de fevereiro de 2010
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