Efectivamente, os
chineses estão dedicados ao sector energético nos países da comunidade
lusófona, não só em Portugal com a EDP, mas também com Angola através do
financiamento de novas barragens. Acresce-se que a empresa de origem portuguesa
EFACEC , especialista no sector electromagnético e mecânico, está sob controlo
e supervisão das finanças angolanas.
Um acordo entre o Banco
Industrial e Comercial da China (ICCB) e o Estado Angolano prevê investir 4,5
mil milhões de dólares na construção de uma barragem no médio curso do rio
Kwanza, cujo projecto ambiciona fornecer energia à Namíbia e África do Sul,
segundo notícias veiculadas pelo “Jornal de Angola”.
A sua produção hídrica
desta barragem atingirá os 2.171 megawatts, cujo objectivo será, provavelmente,
atingido em 2025, tornando o rio Kwanza na espinha dorsal da electricidade de
Angola.
O rio Kwanza, com os seus 960 km de curso, nasce no
planalto central de Angola, com um declive de quase 2.000 metros, é uma espécie
de espinhal dorsal nos grandes recursos hídricos que dispõe Angola, desaguando
não muito longe da sua capital. O planalto central de Angola, quase divide o
curso nas suas águas em duas vertentes, uma para o Norte, outra para o Sul.
Todavia, a região
consagrada ao rio Cunene e seus afluentes é a expressão da riqueza hidrográfica
angolana, e, concentra mais de 60% dos recursos hídricos angolanos. Zona do
“fim do mundo” é uma zona propícia ao turismo e a uma agricultura que se
aproxima dos frutos europeus.
A aliança entre chineses e
angolanos significa que o investimento a longo prazo das autoridades económicas
da China constitui uma interdependência
económica que está para durar, com as suas consequências, e, não é
somente o petróleo que move os chineses, mas todas as valências relacionadas
com a energia.