Nos tempos áureos de Kadafi desencadeava-se uma autêntica guerrilha entre os minaretes árabes e a expansão da religião islâmica, liderada pelo seu mais audaz e novato profeta de Alá, cuja ambição megalómana incluia uma reconversão de toda a Europa - tal era “o luzeiro iluminante” de tal projecto.
Quase de joelhos se prostrava a rica terra helvética perante a terrível ameaça de um possível e efectivo corte nas torneiras do “abençoado líquido” na Suíça.
Paulo Portas, recentemente empossado nas suas funções de Ministro ressurge numa pequena “jihad” suíça que não reclama a abundância dos citados contentores, mas sobretudo as exigências de novas condições laborais dos profissionais consulares.
É claro que os ecos de tais exigências não atingem os sonidos altaneiros de califas, mas a sua ironia ressoa como uma pequena e amistosa “jihad” lusitana.
Aliás é uma pequena raia miúda que em nada belisca os “tapetes vermelhos” de ilustres embaixadores, nem a sua voz tem o encanto mavioso de tão ilustres escritores que na pena diplomática ilustraram as letras portuguesas.
Os tempos mudaram, mas os canais das remessas de emigrantes merecem a devida atenção. A rentabilidade de tais estruturas coloca em causa a sua eficiência. Mas há que encontrar mecanismos que dignifiquem os trabalhadores consulares e os emigrantes.
Todavia, nunca a imaginação jornalística no auge da informação internacional pressentiu que uma pequena “jihad” de origem portuguesa fosse alvo de uma confrontação, relembrando os tempos de Kadafi.