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quinta-feira, 17 de outubro de 2019

EUROPOLITIQUE: Por terras cerveirenses à procura do Veado

Tornou-se na mascote de VNC, o veado do escultor José Rodrigues, que fugindo da palanca angolana, encontrou guarida em terras cerveirenses.
Quis o destino, que a Bienal de Arte e seus iniciadores plantassem pelas montanhas, paredes e espaços adjacentes as obras primas que os enobrecem.
Se, era terra de veados, ou, era terra dos "Cerveira", que de Coimbra emergiram para defesa da sua autonomia,  o símbolo do corso de VNC, acrónimo de Vila Nova de Cerveira, sobressai ostensivamente na paisagem minhota. 
A sabedoria popular condoía-se com o faminto veado vociferando, por vezes, com certa raiva de "vai dar de comer ao veado", como sinal de primeiro cérebro natural ao qual esteticamente se acrescenta, superiormente, a mente humana na sua estética, como obra de arte. Por isso, emana da força do símbolo mais do que dos "cornos do veado", a motivação que orienta esta pequena e grande população: 
"o veado é meu, 
é meu, de coração, 
por isso, te dou
esta recordação."



EUROPOLITIQUE: "A mInha fortaleza" segundo Miguel Sousa Tavares : "Não se encontra o que se procura"

Por mais irónico que seja, na minha inocência,  a frase: “escrevemos porque estava ali um livro à nossa espera, para ser escalado e conquistado”, faz-me lembrar uma lembrança juvenil de: “Qui pourra gravir la montaigne du Seigneur?”

 Esta introdução remete-me para Sören Kierkegaard que dizia, citando-o de memória, que “escrevo para a eternidade, ou, para ser eterno”. Este autor,  fundador do existencialismo, que dizia também que “não devia passar um dia sem escrever” insere-se neste forte, neste baluarte que  Miguel Sousa Tavares chama de “minha fortaleza “, no seu livro:“Não se encontra o que se procura”.  Mas, a escrita é para este autor a resposta ao seu psicanalista, que afirmava:“Você tem uma grande defesa contra o mundo e contra tudo: escreve. E escrever é como construir uma fortaleza contra os ataques de fora”. (Obra cit., pg.121)


Escrever regularmente pode ser uma ferramenta de grande préstimo à auto-observação, como um ato de processamento emocional de libertação interna e externa. Por isso, a citada afirmação de Rosa Montero, escritora espanhola: “escrevemos sempre contra a morte” corresponde à frase que sustinha Kierkegaard: "escrevo porque quero ser eterno”. 

Este prolongamento da vida faz-me recordar Sofia Mello Breyner quando me dedicava a este autor dinamarquês. Melhor dito, por ele descobri a grande poetisa do azul algarvio.

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...