A utilização de um “argumento redutor” nas relações externas
com Angola, através do conceito de “judicialização”, nas palavras proferidas em
sessão do congresso do CDS, não é digno de uma figura que foi Ministro dos
Negócios Estrangeiros.
As relações diplomáticas e externas com Angola não se
reduzem a um “personagem”, a um “icon”, a uma “imagem”, mas à profundeza
amistosa de dois povos que se relacionam afectuosamente entre si.
Os conflitos resolvem-se nas instâncias adequadas, de forma
que nem as “identidades angolanas” , nem as “identidades portuguesas” sejam
beliscadas ou defraudadas.
Muito se esperava da acção de um Ministro, nas relações com
o Norte de África, que apesar de avultados fundos, constituídos em Portugal,
pouco fez, juntamente com os seus congéneres da União Europeia.
Apesar do apelo à comunidade portuguesa que labuta em Angola, os “discursos
redutores” só inflamam a confusão no
relacionamento entre Portugal e Angola.