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sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

EUROPOLITIQUE: A tourada de Ronaldo ao jornal Figaro


 

          Que Ronaldo diga: “eu  não sou a pessoa mais humilde do mundo”, e,  que tenha uma frota de carros que ultrapassa os 5 milhões de euros, desde este Ferrari 599 GTO de 320 mil euros até aos outros Lamborghini, Bentley Rolls Royce e Bugatti, pagando mais de 100.000 euros de seguro, está dentro do estatuto pessoal de um amante de carros, que pouco tem de humildade.
Mas tenhamos caridade pela traição do discurso, já que “Deus é brasileiro”, e, pessoalmente preferia o Ronaldo "Fenómeno", ao Ronaldo "toureiro português".
Quando Ronaldo afirma: “mesmo Deus não agrada a todo o mundo”, não está a comparar-se indirectamente ou infelizmente a Deus, ou, ou a trair o seu próprio discurso, como pretende afirmar o “jornal Figaro”. (Indirectamente, teríamos uma pequena “jalousie”).
Infelizmente, a comparação  é duplamente infeliz na semântica francesa.
Digamos que, certamente, esta semântica encaixa perfeitamente na linguagem e léxico francês. Quando os franceses lamentam que as coisas não correm bem, suspiram: “Mon Dieu...Mon Dieu...”
Portanto, este suspiro francês faz parte da vida quotidiana gaulesa, e retira qualquer forma comparativa a Deus.

“A César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”, já dizia o famoso J.C.

             Por mais que o “ego” de Ronaldo seja forte, a humildade do seu percurso não permite que as veleidades e semânticas francesas o atraiçoem, porque elas estão inscritas na própria linguagem francesa.
Como dizem os franceses: “le discours c'est toujours une trahison du discours”.
Por isso, não quero tratar o “Figaro” por “jaloux”, já que, por várias vezes, fui confrontado com este "discours carré".
Bonne Année 2016.

EUROPOLITIQUE: O perigo amarelo em Angola


 
      A estrada do Soyo/Luanda encontra-se dependente da boa vontade dos chineses para resolver o “atolamento” dos camiões, na ordem das 500 viaturas, por dia, que circulam nesta via.
     Enquanto outros 50 camiões traficam o cimento nas fronteiras angolanas com a República do Congo, a boa vontade reverte num lucro, digno de divisas americanas.
     Conceder aos chineses 15 mil hectares para plantação de arroz, quando se encontra um terreno pejado de diamantes e ouro é uma dádiva celestial.    
     Apesar do beneplácito de 6 mil milhões de dólares, concedidos em troca de petróleo parece que os angolanos vão pagar caro esta invasão chinesa, que se tornou na primeira colónia emigrante. Consta-se que Samora Machel desdenhava fazer negócios com os chineses. Apesar das contingência económicas, parece que o controlo deste “perigo amarelo” escapa um pouco às autoridades angolanas.
     O mercado paralelo de divisas cresce e faz lembrar as lojas de câmbio dos indianos em Maputo que decidem da subida ou descida do metical.
      Nesta invasão territorial escapa, por agora, a Sonangol na sua estrutura comercial, na sua estrutura política e na sua estrutura fiscal, que representa 80% da riqueza angolana, enquanto que o resto está dependente do engenho e avidez chinesa, desde o comércio até ao nível financeiro.
     Oxalá, o ano de 2016 seja mais promissor para Angola.

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...