....Dos holofotes e da morte
Misturavam-se
os poemas
dos ciprestes
de “Platero e eu”
com os “poetas
andaluzes”
que pelas
ruas de Lisboa
deixam “Aguaviva”
à toa
....dos holofotes
e da morte
Era ali,
naquela estreita rua
Que se
escondia o grupo da liberdade
...dos holofotes
e da morte
Que o sangue
das veias despertava
E Lisboa
insana acordava
...dos holofotes
e da morte
Pelas ruas e
avenidas
Os cartazes
da droga anunciavam
...dos holofotes
e da morte
Mas desconheciam
a outra sorte
...dos holofotes e da morte.
Desconheciam
na bússola e no norte
...dos holofotes e da morte
O caminho, a
via, a rota, e, a estrada.
...dos holofotes e da morte
As lutas armadas
que levam a nada
...dos holofotes e da morte
Na selva, no
mar, na guerra em dote.
...dos holofotes da morte.