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segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Angola: A Luta pela Saúde. 2
A malária, ou, paludismo continua a ser a principal causa de morte em Angola.
Esta doença provém das fêmeas dos mosquitos e suas picadas, cuja prevenção inicial passa pelo uso de redes anti-mosquiteiras, já que a sua terapêutica ainda não tem antídotos absolutamente eficientes, embora os antibióticos ou antipalúdicos: como a mefloquina, doxiciclina, o atovaquone e o proguanil, o artemeter e a lumefantrina; e, a quinina em caso de febre, sejam bastante eficazes.
Ferver a água, antes de beber, é um dos conselhos elementares, apesar dos esforços governamentais de água (potável) para todos!...
Existem outros tipos de doenças transmissíveis, no quadro epidemiológico de Angola, como a diarreia aguda, doença do sono, tuberculose e doenças respiratórias agudas, já que o VIH é inferior a 5%; contrariamente a Moçambique e à África do Sul, com índices bem superiores.
“A OMS, por exemplo, estima que, dos 3 milhões de pessoas que morrem anualmente de diarreia ou das suas complicações, muitas poderiam ser salvas por uma receita extraordinariamente simples de terapia de reidratação: um punhado de sal e açúcar deissolvidos num jarro de água limpa”. (pg.114-5)
“A UNICEF estima que as centenas de milhares de crianças que ainda morrem de sarampo anualmente poderiam ser salvas por uma vacina que custa menos de 1 dólar por dose.” (pg.115).
(Existe)”uma organização sediada em Washington, D.C., a chamada Population Services International (PSI), (...) que vende preservativos, redes mosquiteiras, tratamento de purificação da água, tratamento para a malária e a diarreia, e esclarece as pessoas sobre o modo de usar estas coisa.” (pg.117).
O relacionamento de Angola com várias petrolíferas americanas implicaria uma maior contribuição no combate ao flagelo destas doenças, com programas bem definidos a nível da saúde.
Ainda que os contratos humanitários, situados na ordem dos 10% de ajuda social com Cabinda, (ainda, qua actualmente sejam retidos pela administração central) mereçam alguns estímulos, a extensão de cuidados médicos, a nível de informação e tratamento, e dos seus cuidados mais elementares e simples podem e devem ter um tratamento mais geral, porventura, nacional.
Anotações: “A vida que Podemos Salvar” de Peter Singer.
A Estrada do Soyo em 2015?
Os transportes aéreos, ferroviários e rodoviários tem sido uma bandeira do Executivo Angolano.
Mas, sem dúvida, que o sector rodoviário tem sido aquele que mais impacto tem produzido junto das suas populações.
Espera-se que até 2015, a auto-estrada entre o Soyo e Luanda esteja concluída, surgindo como a nova coqueluche do Executivo Angolano, em direcção à sua “ilha desprendida”, ou seja, a Cabinda; ainda que vários obstáculos tenham feito esmorecer este entusiasmo do Executivo Angolano.
Calculada em 500 Km de extensão, esta rodovia torna-se fundamental no acesso à cidade do gás e do petróleo, além dos acessos às zonas turísticas do Norte de Luanda, aos seus terrenos agrícolas e às suas fazendas de café. Deste modo, a capital do petróleo e do gás de Angola ficará a 4 horas de viagem da sua capital - Luanda.
A complexidade da obra implica ultrapassar sete rios, com mais de oito pontes de extensão, algumas mais extensas, que já se encontram em construção.
Nada menos de 5 mil milhões de dólares estão envolvidos neste projecto que visa colmatar as acessibilidades à cidade de Luanda, como constituir um corredor estratégico no desenvolvimento africano no domínio das rodovias.
O custo por quilómetro situa-se na ordem dos 10 milhões de dólares, relativamente inferior aos seus custos em países europeus. Entre as obras mais importantes destaca-se a ponte sobre o rio Mbridge, junto à cidade do Nzeto, com os seus 450 metros de comprimento, a cargo da empresa portuguesa Conduril, que terá seis faixas de rodagem, três em cada sentido, e ficará concluída provavelmente em 33 meses.
Outras empresas como a chinesa Sinohydro , a italiana CMC di Ravenna e a espanhola Carmon Rerestrutura estão envolvidas nestes trabalhos, com alguns milhares de trabalhadores. A imprensa local e nacional pouco destaque tem dado ao impacto promissor desta rodovia. Desconhece-se ainda o sistema de exploração desta rodovia, o valor do seu trafego, as implicações financeiras, ecológicas e sociais.
Todavia ela insere-se não só no contexto do desenvolvimento interno de Angola, como também nos projectos de índole africana do desenvolvimento de África Austral.
Oxalá, que até 2015, o projecto esteja concluído, sem desvios na sua conclusão.
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