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sábado, 12 de janeiro de 2013

ANGOLA: Os vistos pela Revista Rumo

A secretária do Embaixador de Angola atendeu o telefonema: - “Quer que marque na agenda particular ou oficial do Sr. Embaixador?!...” - “Presumo que seja, na agenda oficial” - .respondeu o interlocutor. - “Ah sim!.., sim, sim”. – anuiu a secretária. - “Quer de manhã ou de tarde?” – continuou a secretária, na sua voz maviosa. - “Por volta das 16.00 horas, se puder ser!...” – disse o interlocutor. -“Okay. Okay” - confirmou a secretária. Pela hora marcada e dia estabelecido, o interlocutor dirige-se à Embaixada de Angola, observando as filas e grupos à espera dos vistos. E, no rumor da multidão, ouve alguns impropérios: - “Isto para ter visto demora mais de três meses, se calhar um ano”. - “E, se for turístico, é necessário ter um angolano de acolhimento ou um “termo de responsabilidade” – diz outro. - “Então, não há vistos turísticos?...” - “Para uma das cidades mais cara do mundo é preciso muitos dólares, ou ser, muito importante” – acrescentou aqueloutro. “Olha, talvez como aquele que acaba de entrar!...” A secretária do Embaixador de Angola anunciou que o tal interlocutor acabara de chegar. O Embaixador levantou-se e todas as secretárias se puseram em prumo. O Embaixador sentou-se com o interlocutor e confidenciou-lhe: - “Sabe que já li bastante artigos seus?!... - “Fico lisonjeado com a sua atenção” – concluiu o interlocutor. - “Este convite do Provedor de Justiça de Angola é uma honra” – disse o Embaixador. - “É uma tarefa delicada” – confessou diplomaticamente o interlocutor. De repente, o Embaixador, dirige-se para a secretária, e pergunta-lhe: - Então, esse visto já está pronto? (Este visto nunca foi dado, porque o interlocutor de fictício se tornou real na história). Dedicado aos VIP's da RUMO.

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  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...