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quarta-feira, 30 de abril de 2014

EUROPOLOTIQUE: O Sistema Bancário Angolano = Um sistema em cascata




“O relatório "Sistema Bancário de Angola: Visão Geral e Perspectiva" (Angola's Banking System: Overview and Outlook) dá conta da "rápida expansão" dos bancos angolanos, que passaram de 39 mil milhões de dólares de activos, em 2009, para mais de 71 mil milhões, no ano passado”. Conforme noticia o Jornal Público e continua. “A Moody's prevê um crescimento real do PIB de 6,8% em 2014” (...), não esquecendo que a inflação também conta.
Claro que este relatório é positivo para o sistema angolano. Todavia, a sua eficácia no circuito económico empresarial deixa muito a desejar.
O sistema bancário, na nossa opinião, é um sistema em cascata, susceptível de cair como um “baralho de cartas”. A dependência dos seus accionistas que controlam os seus mecanismos estão extremamente associados de tal forma que uma falência num banco afecta a generalidade dos bancos. Este “sistema em cascata” não permite a autonomia e a independência de uns bancos em relação aos outros.
O funcionamento empresarial precisa de crédito, mas quando as empresas são criadas de forma fictícia de forma a sacar crédito que lesa o funcionamento bancário são os próprios credores que são vítimas do próprio processo, sendo esta situação propícia a actos de vingança dentro do próprio “sistema de cascata”.
A autonomia e independência bancária deve irradiar o sistema de influências que afecta o sistema bancário angolano, cuja última tábua de salvação será o Banco de Angola.
O Jornal Público relata: “O problema, disseram, está na falta de transparência e no sistema judicial: "Riscos elevados de crédito, derivados da falta de transparência corporativa, e um sistema jurídico ineficiente deverão continuar a impor desafios aos bancos", lê-se no relatório, que sublinhou ainda que o crédito malparado e as provisões para perdas deverão, por isso, continuar elevados, afectando a rentabilidade dos bancos.

EUROPOLITIQUE: O Fundo Social Europeu do PS




Ao brilhantismo do PS ao propor um “fundo europeu” para os desempregados, respondem os altos candidatos dirigentes europeus que não existe legislação. Como diz Mourinho "há muitos filósofos do futebol, mas a realidade é outra". Há muita Europa e muitas leis, a realidade do país é outra!... O PS deve estar atento à realidade e aos "experts"!... Ora a legislação europeia existente carece de uma aplicação concreta que deixa muito a desejar!... Se, por acaso, o “Fundo Social Europeu” funcionasse, existiria uma janela para tal possibilidade do PS. A complexidade de “protecção social europeia” demonstra um labirinto que qualquer cidadão médio europeu se sente como um analfabeto funcional. Apesar da obrigatoriedade dos meios informáticos queda-se pelo antigo correio, sobretudo com as instituições francesas. Aliás, as ”instituições francesas públicas”, ao contrário das privadas, são as mais avessas ao cumprimento das regras comunitárias, a tal ponto que a sua legislação nacional prevalece arrogantemente sobre as leis europeias. Enquanto que as instituições portuguesas procuram cumprir as directrizes comunitárias, as instituições públicas francesas exibem mecanismos que permitem afirmar que a “França é a Europa”.
A “teia legislativa europeia” carece de “experts”, que nem instituições especializadas conseguem, por vezes, ultrapassar certas barreiras. Um sistema legislativo profícuo, mas de pouca eficácia, em que perduram as decisões nacionais.
Se a Suíça detém nada menos de 4.000 milhões de euros (segundo o jornal Figaro) de dinheiro de pensionistas não reclamado, a Segurança Social Francesa, no regime geral, desde 2005 que se encontra com “les caisses vides”. Das 26 instituições francesas (públicas e privadas), algumas estão de boa saúde financeira. Se Giscard d’Estaing se insurgia contra as “pequenas reformas” dos emigrantes, a percepção do senso comum dos portugueses da diáspora é que a culpa recai sobre as instituições portuguesas. Conciliar a CGA e a CNP com o sistema francês na sua multiplicidade  de organização é fazer recair todos os cuidados de saúde sobre o pequeno rectângulo, a que habilmente se remetem certas instituições.
O gesto da Suíça de dar o dinheiro retido deveria fazer que a “França que é Europa” cumprisse as regras comunitárias. 

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...