«As nomeações políticas incorporam sempre uma dose de
confiança e, desde que estejam em conformidade com a componente legal, devem
ser encaradas mais pelos objectivos por detrás das mesmas e menos pelas
implicações, sempre discutíveis». Editorial do “sector dos petróleos” – Jornal
de Angola.
Chamar “política” a Isabel dos Santos não encaixa
com o seu “curriculum de gestora ou empresária”, mas já que se trata de
“nomeação política”, deixa de ser “empresária” ou “administradora” ,
tornando-se, por obrigatoriedade, “política”.. Além disso, deixou os cargos de "administradora".
Neste sentido, Isabel dos Santos tornou-se “política”. É que por
detrás desta “nomeação” estão, certamente, “objectivos políticos”, que a inerência da própria empresa incorpora.
Ou seja, o que está em causa é a “política da
empresa” ou a “política angolana” que depende desta empresa. Parece que "os fins
e os meios" se misturam sem encontrar uma linha bem definida de acção, já que a
Sonangol se confunde com a política angolana, embora esta “empresa” seja um raro “caso
de sucesso”, contrariamente a um certo fracasso da “política angolana”, pelo
menos, internamente.
Mais que
“líder e verdadeiro pilar da economia nacional” angolana, a Sonangol é um
“estado dentro de outro Estado”, até mesmo a “Petrobrás fica muito à distancia da sua
hegemonia, liderança e autonomia económica e financeira, de tal forma que é
utilizada como ”aval” e “garantia” do
próprio governo de Angola.
Alguém dirá, contrariando o comentador, em vez de “pessoas certas para os lugares certos”: - certíssima - até porque é
filha do Presidente de Angola!..
«A long time
ago” se insiste na sua reformulação, modelo e design deste império que é a Sonangol, ainda que se preveja uma subida do crude.
Secundando as nossas exposições: “como defendeu
um antigo deputado e homem de negócios, em entrevista recente à Televisão
Pública de Angola, o actual processo que tenciona tornar robusta a Sonangol
apenas peca por tardia".