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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

EURO-POLITIQUE. 77 - "Le Quai d'Orsay c'est moi, et "moi" c'est l'Europe"


Presume-se que a “República Portuguesa” está suficientemente avisada que não serão, nem os italianos, nem os franceses, aqueles que merecem a designação de um “alto representante europeu” para a Líbia .


Apesar da candidatura do “Chefe do Governo da França”, Monsieur Sarkozy, para o cargo de “Ministro das Relações Externas da Europa”, dado que o seu país se afirma como uma “potência nuclear média”, tudo isto não quer dizer que os “famosos petardos lusos” não tenham desmotivado o exército líbio no conflito com o Tchad.

Dado que o exército da Líbia nunca mais se moralizou, e dado que a diplomacia francesa mantém, sistematicamente, uma dualidade de processos, qualquer eminência de “protocolo diplomático”, para não dizer “policial ou jurídico” iria ferir, mortalmente, os pergaminhos da pátria dos embaixadores.

Dizer que um líder “deve partir” significa que ainda pode ter uma saída para tal processo revolucionário, ou, que na mínima das hipóteses, ainda pode constituir uma força de "resistência muscular ou política".

Mais que ninguém, a classe política francesa e os seus meios de comunicação, conheciam bem o sistema político da Líbia.

Seria pura hipocrisia dizer, que não se preocupavam com os acontecimentos da Líbia, quando as "autoridades policiais e militares" colaboravam lado a lado, nas suas fronteiras.

Manter pretensões a ser o “Ministro das Relações Externas da Europa”, porque somos uma “potência nuclear média”, é dizer que até os portugueses acariciam a “bela menina tripartida”, e, suavemente, a deixam descansada na sua base militar.

Fait gâffe – Sarkozy!….

EURO-POLITIQUE. 77 - "Corredores de Humanidade" - Tripoli


Após dois meses do incidente de Paris, com o chefe de protocolo de Kadafi, anunciava-se que algo de novo aconteceria na Líbia, ora, precisamente em 15 de Fevereiro, começam as manifestações na Líbia.


A cumplicidade da França neste assunto torna-se definitivamente quando, precisamente, hoje, o seu presidente anuncia que Kadafi “deve partir”. Para onde?

Pelas 19h55, segundo relata o jornal francês Figaro, o embaixador da Líbia em Portugal, Ali Ibrahim-Emdored, pede a demissão e anuncia um regime «fascista, tirânico e injusto».

Nunca faltaram os avisos e pré-avisos sobre a eficiência de um regime, no seu contexto internacional, e na lógica do consenso dos pequenos estados.

Não é só a problemática do seu líder que está em jogo. É sobretudo o "clan Kadafi" que gere e domina as riquezas do país.

A falta de modernização de um estado, sem sindicatos, sem sociedade civil, sem uma nova geração de liderança deixa à deriva um povo, que apesar das suas riquezas, se tornará u,m alvo fácil de certas garras de infindos interesses geo-estratégicos.

À “jihad” suiça, à conversão da Europa pelo islamismo, assistimos à derrocada de um regime conduzido por um “guru” que uma hábil seita maneja nos seus interesses.

Por isso, face à teimosia de um “mártir”, relembrando o célebre ataque dos americanos, na sua imagem e apresentação televisiva, impõe-se que se abram corredores humanitários, não só nas fronteiras, como também no terreno da Líbia.

Cabe aos líbios a decisão do seu futuro, mas a humanidade impõe-se em situações de calamidade.

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...