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sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

EUROPOLITIQUE: João Lourenço e o Hércules angolano



A FRASE LAPIDAR DE JOÃO LOURENÇO


“Agostinho Neto deu a independência a Angola, Eduardo dos Santos trouxe-nos a paz (2002). 
Eu (João Lourenço) tenho de melhorar a economia do país”.

Tarefa hercúlea; mas , na savana, junto ao rio,  o mercado do Luvo floresce: "ver árvore, mas não ver a floresta" -  eis a questão.
Angola podia dar e vender “produtos petrolíferos”, mas importou, no ano de 2016, quase 5 mil milhões de dólares, já que a refinaria de Luanda é insuficiente; e, a refinaria do Lobito, apesar das suas 15 propostas, aguarda pelo seu processo de iniciação.
Com uma inflação de 42% no ano de 2016, em que a sua moeda se troca nos meios bancários com o valor de um dólar por 166 kwanzas, e, no “mercado paralelo” ou “informal” por 400 kwanzas; espera-se que o seu crescimento angolano seja de 3,4% a 4% para o ano de 2018, para comatar a anterior letargia.
Se, quase 70% dos angolanos vivem com menos de 2 dólares por dia, com uma média ideal de P.I.B. “per capita” que ultrapassa os 100 dólares mensais, como se justifica que 25% da sua população esteja no desemprego, (todavia, inferior àquilo que se verifica na África do Sul).
Ora, desde a chegada da paz, no ano de 2002 até ao ano de 2015, calcula-se que mais de 170 mil milhões de dólares tenham saído de Angola para o exterior, de forma que há “ideias” e “sonhos” de fazê-lo retornar à Pátria.
A “economia informal” e a “economia formal ou legal” somente permite que 30% das empresas paguem impostos; isto é IRC, enquanto que o IVA espera implantar-se, e, o IRS se vai pagando, de vez enquanto. 
Sem estas fontes de receita, as despesas não são compensadas.
Portanto, isto parece um deserto, seco e frio do Namibe, onde navega a economia angolana, mas existem oásis.
No meio da selva floresce o mercado do Luvo que obriga a companhia de bandeira angolana Macron a reforçar as suas carreiras, com mais quatro autocarros, com tarifas na ordem dos cinco mil kwanzas, porque o negócio extrapola-se entre angolanos e congoleses.
A este santuário do “comércio formal e informal” juntam-se outros percursos abertos e concorridos para Windhoeck, capital da Namíbia, Congo Brazaville e República Democrática do Congo.
Ou seja, a vida popular está pujante, cheia de vida, regurgita forte e espontânea como a floresta, e, cada árvore cresce e floresce conforme o seu combustível natural, mas o “mundo e produto petrolífero” que caminha nas suas condutas, pouco ilumina o dia a dia dos angolanos. 

Somente, um Hércules pode demonstrar força para virar este estado de coisas. Será João Lourenço?



P.S.

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