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quarta-feira, 22 de junho de 2016

EUROPOLITIQUE: A Questão do Gás em Angola


A notícia do “Diário de Notícias”,  (22.06.2016) com o título de que a “Sonangol vai explorar poço de gás com 813 milhões de barris” contrasta com a “empresa Angola LNG, maior produtor de Gás Natural Liquefeito, a operar em território angolano”.
A Sonangol parece um “estado dentro do Estado” que ensombra a sua congénere.
A LNG angolana, lançada em 2007, coloca-se entre um  “projecto” e uma “empresa”, que é detida em 36,4% pela Chevron, 22,8% pela Sonangol, 13,6 pela BP Exploration, 13,6% pela ENI,e 13,6 pela Total.
Apesar dos avultados investimentos , a paralisação deste consórcio, em Abril de 2014, foi retomada, em 6 de Junho de 2016.
Além das respectivas instalações, no Soyo, esta empresa detém uma frota de sete navios. Mas, dois anos de paragem são um rombo bastante forte nas suas ambições. Por isso, a Sonangol, como “rainha das empresas angolanas” justifica o título publicado pelo “Diário de Notícias”.
No campo empresarial, na independência, autonomia e afirmação das respectivas empresas, parece que reina a confusão. Ou seja, apesar do domínio e supremacia da Sonangol impõe-se uma “separação de águas”. O negócio do gás deve estar dependente da LNG angolana, e, neste caso, em segundo plano, como parceira ou concessionária deve surgir a Sonangol.
A constituição de reais empresas angolanas não pode depender do monopólio da Sonangol, que retira a emancipação de outras empresas, colocando-se como um autêntico “chaparro”, à sombra da qual ninguém cresce.
A reestruturação da Sonangol implica que a independência de outras empresas seja consagrada, e, neste caso, a LNG angolana. Aliás, outras empresas, susceptíiveis de receitas e despesas, a nível da electricidade, águas, transporte, recolha de lixo carecem de autonomia e afirmação.

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