«Porque verdadeiramente o Estado de Direito não se mede na Assembleia da República, nem nas solenes aberturas do ano judicial e cerimónias quejandas, com altos representantes da nação democrática. Mede-se lá, onde longe do olhar das altas individualidades e do escrutínio da imprensa, estão frente a frente cidadãos nacionais ou estrangeiros, e autoridades por exemplo, nas fronteiras e esquadras de polícia. E aí, quando somos postos a nu, somos sistematicamente chumbados»
Confrontar Miguel Sousa Tavares, dizendo-lhe que: “você não conhece este País”, seria de um absurdo, que não ouso dizer para um jornalista e escritor de marca. Mas, como dizem os jornalistas franceses: "na Província, tudo acontece".
Mas, a sua marca no Estado de Direito do país real merece simplesmente a sua conclusão de que os “cidadãos” estão “chumbados”.
Chumbados com a exibição de fotocópias falsificadas, que advêm de instituições, “chumbados” na pretensão dos seus direitos reais, por “artolas” que exibem conhecimentos de direito em “esperteza saloia”, “chumbados” por uma sabedoria popular que esgrime os seus dotes de “coronéis brasileiros”, ressuscitando o século XVIII.
A divergência entre o Estado de Direito e o País Real, onde a mais elementar democracia não impera, faz lembrar “você, não conhece este País”.
Mas, entre a ”filosofia política” que parte dos partidos, até aos actos praticados por altas individualidades, nos seus pergaminhos e dotes, existe um abismo difícil de preencher.
Este "vazio por preencher" faz com que certas “instituições estrangeiras” utilizem certos meios para que a “cidadania própria ou outra” seja mantida com o devido respeito, já que certos cidadãos portugueses não se incrustam no exercício dos direitos e deveres de uma autêntica cidadania.