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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

EUROPOLITIQUE: A propaganda e o PASQUIM

Não há poema que resista à tua beleza - Ipanema. Mas lá dos confins do outro mundo, se “Deus havia criado o sexo, Freud criou a sacanagem” “Deus é brasileiro”, mas só de passagem!... Panfleto anónimo, sem hora nem dia, ribombava em eco sarcástico, que sedentos prelos sorviam e ouviam em sonoras gargalhadas, embalados em sôfrega audição, não fosse ele um ultraje à tradição, ou, outro nome assim – o Pasquim. (“Pasquim – escrito que se afixa num lugar público e que contém expressões irónicas e curiosas sobre algum “affaire”, pessoa ou corporação”). Alcoviteiro, por excelência, clamava por digno decoro. O seu anúncio era urgência, declamado em riso e coro. Floriu no Brasil, mas as memórias longínquas inscrevem-no nas tradições populares do Alto Minho. Qualquer escândalo digno de um reconforto moral erguia-se em pluma incandescente, cujo objectivo era despertar a gente. As mais castas e doces donzelas, símbolo de cândida beleza, empalideciam com a esgrima e rima de tão ávidos e audazes faunos e poetas, que despertavam em poemas despidos de pérfidos cupidos. Era assim o popular pasquim que sem levar a mal se tornou internacional na luta do civil parou no Brasil.

EUROPOLITIQUE: Entre o Deus Hebraico, "Elhoim" e "Alá" (al - o / ilad - Deus).


“Estava-se no ano de 622. (...) Yathrib ficou conhecida como Medina al-Nabi, a Cidade do Profeta, e, mais tarde, por contracção, apenas como Medina, «a cidade». Desde a sua chegada, Maomé assumiu um papel diferente. Além das profecias, foi forçado a administrar. O pregador desprezado passou a um político magistral; o profeta transformou-se em homem de estado”. (O Islamismo, pg. 32, by Huston Smith, Edições Expresso). A rápida leitura desta pequena obra sobre o Islamismo causou-me duas surpresas emocinantes. 1) No espaço de um século, os árabes estão na Península Ibérica, espalhando a sua cultura e governação, através da invasão de Tarique no ano de 711. Uma cultura, alicerçada na ciência, em que apesar do combate aos infiéis, o autor reproduz «um lado mais feliz. Houve tempos e locais em que cristãos, muçulmanos e judeus viveram juntos, em harmonia: ocorre-nos de imediato a Espanha muçulmana». O papel dos judeus na cobrança de impostos foi evidente, historicamente, mas esta convivência deveu-se ao reduzido número de árabes na Península, que foram, de certo modo, obrigados a esta saudável coabitação. 2) Religiosamente, o Islamismo parece preencher duas vertentes que escaparam ao cristianismo e ao judaísmo. Se, o judaísmo rejeita Jesus Cristo como Messias, é porque ele não corresponde ao autêntico “Libertador” de Israel. Falta-lhe a faceta de homem político. Duzentos anos, antes de Cristo, a exegese católica, acentua duas correntes espirituais dentro do Povo de Israel. Uma tendência mais espiritual e outra tendência mais material. A tendência mais espiritual corresponde ao desenvolvimento do Cristianismo. Todavia, a expansão do cristianismo relegou para último plano o aspecto material, que não corresponde aos planos de São Paulo na inter-ajuda das suas comunidades. 3) Maomé surge como o último Profeta que busca as suas raízes em Abraão. E tal como Abraão espera pela terra prometida, Maomé incarna este ideal conjugando o plano espiritual e plano material. Para além de toda a hermenêutica religiosa, em 711 estar na Península Ibérica é espantoso.

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...