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quinta-feira, 15 de agosto de 2013
EUROPOLITIQUE: "A Princesa de África"
A China, segunda economia mundial, apresenta nada menos de 1,05 milhões de milionários com mais de 1,63 milhões de dólares. Num regime socialista de economia em duas velocidades, o capitalismo ressurge no seu esplendor. Aliás, o número de super-ricos aumentou 2%, cujo número atinge 64.500 pessoas, com mais de 16 milhões de dólares.
«A fortuna de Isabel dos Santos atingiu os 3 mil milhões de dólares em 10 anos, segundo uma estimativa da Revista Forbes. Num artigo intitulado “A menina do papá: como uma princesa africana encaixou 3 mil milhões num país que vive com dois dólares por dia” (70%), a publicação conclui que a filha do Presidente de Angola tê-lo-á feito ficando “com uma parte de uma empresa que quer fazer negócios no país ou de uma assinatura presidencial”.»
A utilização da "linguagem da globalização" por "Rafael Marques e companhia", até que ponto farão razia!...
Os negócios atraem negócios é uma espécie de lei de atração dos corpos; por isso, para a "cidade mais cara do mundo", a mulher mais rica de África é "cereja sobre o bolo". A sociologia e a estatística só podem demonstrar estas contradições. Se Belmiro de Azevedo, por simples iluminação de espírito em Davos (Suiça), cria uma empresa de telemóveis para o seu filho Azevedo, por que razão outros não farão o mesmo!...
"Eu gosto de ir a Luanda", dizia-me alguém!... A reduzida elite angolana é sinal que a sua sociedade civil não funciona bem e que o modelo chinês não se aproxima do modelo angolano nas suas identidades e semelhanças.
Os fenómenos de enriquecimento, popularmente definidos como “golpes do baú”, sofrem ascensão e queda conforme os seus cíclicos. Já assisti a alguns destes fenómenos que me fazem lembram os meteoros.
Quando eles brilham são objeto de admiração e inveja, quando eles caem são lamentos de piedade e escarnio.
Também me recordo dos trabalhadoras de uma pequena empresa de limpeza de Luanda, que em vez de limpar as ruas da capital angolana ambicionava polir os diamantes em lustrosas bolsas de veludo, que por azar ou coincidência constituiu o ponto de partida para tão “ilustre princesa”. Aliás, a sua bondade não se espalha na ganância que alguns defendem, já que gosta de recompensar os seus trabalhadores.
Mas a nossa inocência ao mencionar Davos, reveste-se de uma nova questão em que 25% das empresas francesas constituíram a sua sede na Suíça. E esta peregrina questão retorna em nova questão. Quanto pagou de impostos ao estado angolano e ao estado português, a "princesa de África"?
Muito se escreve e escreverá sobre "a mulher mais rica de África" (ou de Portugal, como alguém diz), com ou sem razão.
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