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sábado, 27 de agosto de 2011

EURO POLITIQUE 121. "Portas e Kadafi.2"

Verifica-se que os 10 a 15% do crude importado da Líbia não tem causado qualquer problema à Galp.

Sempre nos batemos pela transparência deste negócio a nível político.

Parecia que o medo imperava, dada a falta de demonstração.

Os conluios persistiam pela força do regime e falta de audácia.

Certa argúcia desenvolvia-se desde os famosos “alcorões” dourados distribuídos pela zona do Porto, das visitas protocolares, estatais e comerciais, ou seja, os negócios com a Líbia foram um completo desastre, apesar do recente salto de importações que era um gota no oceano comparado com a exportação do crude. Aliás, o “bureau” político da Líbia em Portugal era de um secretismo atroz.

O pioneirismo da “Ilídio Monteiro Construções” deixou mazelas em cooperantes de corporativas em Portugal, cujos cidadãos arderam com as suas economias.

A balança comercial nada trouxe de vantajoso, salvo algumas dádivas aos países africanos da lusofonia. Além de um embaixador, somente dezasseis pessoas desenvolviam negócios.

A nova bandeira ergue-se em terras portuguesas, e um grupo dos homens do CNT visita Paulo Portas.

Os homens do poder não gostam de dar explicações dos famosos “negócios políticos”, que permanecem no mundo dos deuses.

As contas do antigo poder ainda não foram reveladas, se elas existem.

O nosso dever com a nova e jovem democracia deve ser cumprido.

Todavia , já que a Petrogal nada perdeu, nem sofreu problemas, é tempo que as relações bilaterais atinjam a devida transparência.

Não venham culpar a quem não apoiou tais negócios.

Exibir uma bandeira, por mais legítima que seja, sem a mesma reciprocidade diplomática é sinal que os negócios continuam sem a mesma transparência!....

EURO POLITIQUE 120. "A Porcaria das Heranças".




Talvez, muitos se sintam felizes com “doações e heranças”, e, ergam bem alto o património familiar exibindo os seus brasões familiares.

As heranças são também, muitas vezes, fonte de crime e doenças.

Doenças cerebrais, psicológicas e patológicas que semeiam a discórdia entre familiares. E, sobretudo, não são o fruto do trabalho e do mérito profissional.

Crime contra os direitos pessoais e individuais que a esperteza dos interessados e de muitos homens da lei desencadeiam sem piedade, nem dó.

São, muitas vezes, fonte de sofrimento que se arrasta pela vida fora.

Acontece que os sentimentos de muitos familiares falecidos são substituídos pela ganância económica que impera ainda nos corpos quentes.

“Estou agarrado ao corpo”, dizia alguém para subscrever direitos que a lei não permite. Quer dizer, estou agarrado à matéria, àquilo que representam os bens materiais.

Numa sociedade moderna, deve ser o valor do trabalho que deve ser reconhecido e valorizado.

“Nascer num berço de oiro” não é sinal de igualdade mas de desigualdade social. Portanto, compete ao Estado a sua regularização.

EURO POLITIQUE 115. "Não saíremos do Euro".


Muito antes de célebres economistas que se ilustram na televisão nos últimos anos, anunciávamos, sem grandes conhecimentos económicos, advogando que o modelo económico, o tecido empresarial e demais situações deste rectângulo à beira mar plantado, a que designámos de porta-aviões, se estava a afundar.


Não eram profecias de mau agoiro, mas pressentimentos de uma realidade que cada vez mais escapava à dupla sociedade europeia, ou seja à “Europa dos cidadãos” e à “Europa dos políticos”.

Os portugueses sempre pagaram caro a sua liberdade económica, que muitas vezes, passa pela liberdade social e política. E, certamente estão dispostos a pagar ou a comprar a sua liberdade.

Globalmente falando a sua bandeira foi sempre o trabalho, quer na Europa, quer na América. Esta bandeira, não é somente um símbolo, mas cria sombras e raízes que permitem uma fundamentação, não só nos elogios de uma humilde “selecção” portuguesa, mas vínculos de profunda amizade entre povos.

Os cépticos da economia advogam a saída da moeda europeia. Mas o epifenómeno deste Verão desmente que a crise se arvore em bandeira.

Todavia esta bandeira multicolor, com ou sem estrelas, sem ou com visitas de “reis magos”, sustém-se como pano de fundo de que estamos incrustados na moeda europeia , e que o suor de muitos portugueses aquece o cepticismo de muitos economistas. Parece, para alguns, que o lirismo se instalou no “porta-aviões” que se vai afundando. Todavia para lá da realidade económica estendem-se mares de ligação que permitem que estejamos ligados à “Europa dos cidadãos”.

Nesta “Europa dos cidadãos” que não fala na televisão e nos jornais existem uma vontade colectiva que a “Europa dos políticos” não encontra junção ou união. Esta força oculta e vigorosa do trabalho e da comunhão expressa que um dia mostrará a sua razão. O tempo e as suas contradições jogam no movimento da sua expressão.

“Há vida para lá da crise”, dizia alguém. Fazemos parte desta escada, embora sejamos o último degrau dela, sempre tive consciência disso, e, os "meus direitos europeus" não os vendo por qualquer moeda. O "Euro" não é uma conquista dos economistas e dos políticos, é o suor dos povos.
Mais, o "Euro" é a nossa identidade perante o mundo.
Por isso, adoro ouvir dizer os americanos: "e vós, europeus!..."  

EURO POLITIQUE 114 - Angola/Expresso/Portas





As relações entre “Expresso e Angola” não nada são “famosas”, e através dos seus artigos nota-se que este meio de informação ainda não encontrou o “embaixador político” ideal para colmatar as deficiências de tal relacionamento.

Advogam alguns que as salutares relações diplomáticas não podem ser beliscadas por infortúnios jornalísticos, outros pela crise económica e suas dependências, mas não haja dúvidas que não detemos o “ideal de embaixador”, quer pelas congénitas estruturas diplomáticas na sua relação de poder, quer por uma falta de autêntica fundamentação europeia.

A leitura horizontal e transversal do Expresso expressa que “a Embaixada de Angola não se pronunciou sobre os vistos”, ou seja, sobre os famosos “vistos de Cabinda”, e, que o desbloqueio prometido por Portas ainda não aconteceu.

Queixa-se o “Expresso” que “contactou sem sucesso” uma agência angolana”, afirmando que é necessário um milhão de dólares para os negócios em Angola, quando existem dignos cidadãos portugueses labutando, fora de tais quantias, e com sucesso.

É claro que os escritórios de advogados navegam em certa abundância económica e que as “corridas” de certa polícia constituem uma panaceia para certos males.

Não se pode pedir a uma jovem democracia uma eficiência democrática que seja exemplar e demonstrativa do seu real valor, quando globalmente a crise económica corrói muitos valores em muitos países. Por outro lado, o chamado “etnocentrismo europeu” carece de perspectivas mais alargadas sobre a realidade africana. Mas a aproximação de percursos aponta que “o caminho se constrói caminhando”.

Até ao momento que o”Expresso” encontrar o seu “embaixador ideal” seremos leitores atentos da suas crónicas.

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...