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segunda-feira, 20 de abril de 2020

EUROPOLITIQUE: O Castelo de Vermoim e Saint Olaf (995 - 1030) - Rex Perpetuus Norvegiae (1016-1928)



«A notícia da conquista do Castelo de Vermoim, entre Guimarães e Famalicão, a 6 de Setembro do mesmo ano», refere-se ao ano de 1015, era seu conde, Alvito Nunes. Considerada a “quarta invasão normanda” sobre terras da Galiza, somente em terras de Camilo Castelo Branco podia acontecer tal similitude transfigurativa. Reza a história que, na prisão, Camilo se deliciava com a linguagem do Zé do Telhado. Um salteador de estrada, ou seja, um “criminoso à solta” de justiça popular, cujo ideal era “de tirar aos ricos para dar aos pobres”; e, que no seu degredo, em terras angolanas se converte em comerciante e santo, nas palavras de José Agualusa. 


Também, localmente “reza a história que o Castelo de Vermoim foi tomado pelos vikings a 6 de Setembro de 1016», provavelmente, em 1015. Infelizmente, na comemoração dos mil anos do Castelo de Vermoim, em vez de se debruçarem sobre Gunderedo, esqueceram-se do chefe ou comandante desta quarta invasão de vikings que assaltaram as costas portucalenses, em 1015. 


Se, Zé do Telhado, de criminoso adveio santo, também Olaf Haraldsson se tornou de “pirata sangrento em chefe e santo” da Noruega. Durante dois anos espalhou o terror, não só por terras galegas, como também pelas regiões limítrofes do Porto. A antiga catedral de Tui não escapou aos seus ataques. No entanto, a sua fúria contra os portucalenses, como contra os galegos do Norte, teve um divino epílogo. Um dia, recostado no seu barco em águas do rio Minho teve um sonho em que seria rei. Deixando de lado, toda a fúria e raiva que carregava em si contra os cristãos, converteu-se, e, voltou para a Noruega. Como chefe e comandante de forças guerreiras, facilmente conseguiu pacificar as várias tribos, unindo-as, e tornando-se rei e santo: Saint Olaf – “Rex Perpetuus Norvegiae” – Rei Perpétuo da Noruega.


A sua fama advém de conseguir converter a Noruega ao Cristianismo,e, pacificar as várias tribos. Durante 10 anos governou a Noruega, com o apoio dos capitães de Uplands. Nato em 995, morreu em 29 de Julho de 1030. O seu corpo jaz na catedral de Nidaros, em Trondheim, que se tornou no mais importante local de peregrinação cristã da Noruega. Aliás, Olaf foi canonizado em 1164. Atualmente é recordado no famoso festival de “Saint Olaf”, em Stiklestad.

  

O Castelo de Vermoim estava numa região bastante fértil, populosa e produtiva no sector da agricultura, graças às inovações agrícolas do século anterior. Além disso, um núcleo de pescadores, dedicados exclusivamente à pesca, de origem normanda, tinha assentado arraais na Póvoa, que facilitava estas incursões. Após, estes ataques que destruiram Castropol, Bertanzoas e Rivas de Sil, na Galiza do Norte, a região portucalense sofreu idêntica razia. A "Sede Tudense" , território temporal e espiritual, dirigida pelo bispo Vistruario, foi totalmente destruída. O exército galego, comandado pelo conde Menedus foi destroçado. A partir desta época, a sede episcopal de Tui ficou integrada na diocese de Compostela. Mas o sonho de ser rei transformou um pirata em santo padroeiro da Noruega.

P.S. «Sellon Guillaume de Jumièges, Oláfr passa l'hiver en Normandie, où l'archevêque Robert, le propre frère du duc, le baptisa». (Renaud , Jean "Les Vikings et les Celtes, pg. 144, Éditions Ouest-France, Rennes, 1992).

EUROPOLITIQUE: Lacunas ou graves contradições de Gunderedo em Hélio Pires


A presença viking em território nacional despertou interesse pela primeira vez no século XVIII, quando Carvalho da Costa atribuiu origem viking ao topónimo Gondarém, freguesia de Vila Nova da Cerveira, no Minho, o que é "pouco provável", segundo Hélio Pires, que afirmou "não ser muito preciso, pois antes dos vikings tocarem as costas portuguesas houve as invasões germânicas, no século V, e Gondarém é um dos antropónimos de origem germânica, que já existiam antes da chegada dos vikings".
09:45 - 22/12/17 POR LUSA......................SÓ AGORA DESCOBRI ISTO!...: 
« ...no século V, e Gondarém é um dos antropónimos de origem germânica», aliás, não sei como o "distinto investigador" não observou que todas as referências do Arquivo Distrital de Braga atestam que "São Pedro de Manghoeiro"  é anterior a este nome de origem “eslava”!...                                  
É que todos os relatos das Crónicas de Sampiri, Silensis, Tudensis confirmam este antropónimo, cujo aplicação latina no seu caso  não encontra o seu local. E, que dizer das referências árabes, sobretudo de Al Idrisi, que lhe concede um “castelo de difícil acesso”. Um castelo que não é condal, nem de pedra, mas simplesmente de madeira, tipo “meda”, que dá origem a um sítio que "lá" no seu “extremo local é ribeirinho”,  e se chama de lugar da “Mota”.
Presumo que desconheço o objetivo de negar a uma freguesia a sua identidade, a sua marca, o seu estilo, o seu cartão-de-visita:
- A marca da revolta contra os senhores leigos ou eclesiásticos da Galiza do Norte. A sua marca contra o reino de Leão e Castela.
 - A sua identificação com um "rebelde", por natureza, cujo símbolo se prolonga na “terra de contrabandistas”. Mas firme, na sua ligação às vias romanas, e, à diocese de Braga.
 - As suas ilhas dos Amores e da Boega, que de ilhas se erguem em castelo, segundo afirma o famosos geógrafo e cronistas árabe  Al- Idrisi. "Povo que lavas no rio..." Diz o poeta, Pedro Homem de Melo.
N.B. - Que dirão aqueles que também fazem investigação, muito antes de 2012, e sobretudo, o jornalista e autor - Alfredo de Castro (enquanto espero por Vacariça!...)

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...