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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
EUROPOLITIQUE: Angola e o Fundo Soberano - 250 dólares por habitante
A criação do “Fundo Soberano de Angola”, no valor de 5 mil milhões de dólares, representa 250 dólares por habitante que, em valores mínimos, ultrapassa duas vezes o salário mensal de muitos angolanos. Além do "fundo soberano líbio", Angola destaca-se, no panorama africano, com um valor por habitante que fica a metade da rica e industrializada França, através das suas "reservas estratégicas". Em 1990, a Noruega criou o seu “fundo de pensões governamentais”, derivado da sua riqueza de petróleo que coloca os noruegueses, a partir de 8 de Janeiro de 2014, na fasquia de milionários, teoricamente, com um capital de um milhão de coroas, ou seja, 120.000 euros, por habitante. Claro que a gestão do Fundo Soberano de Angola, porventura, carece de uma eficácia que o catadulpe para tais patamares, todavia, é uma iniciativa de inequívoco valor financeiro e económico, e, de garantia para o futuro dos angolanos. Ainda que o excesso de liquidez destes fundos criem, por vezes, distorções na economia mundial, já que o seu único e exclusivo objectivo é o lucro.
O Fundo Norueguês atingiu a fasquia de 607 mil milhões de euros, cujo montante seria uma salutar bênção para as carências portuguesas se pudessem ser colmatadas por este meio!...
Enquanto que as reservas estratégicas francesas se situam na ordem dos 18,7 mil milhões de euros, o fundo norueguês ultrapassa a “agência monetária” da Arábia Saudita, com os seus 497 mil milhões de euros e dos Emirados Árabes, com 461 mil milhões de euros. Deste modo, a Noruega detém, nada menos, de 1% do capital da bolsa mundial.
Claro que são anunciadas algumas regras de capitalização, que não ultrapassam os 5% anuais. Neste sentido o “Fundo Soberano de Angola”, além do seu lucro normal, prossegue objectivos para que o seu futuro seja promissor e ascendente, e, que brevemente ultrapasse a fasquia dos 250 dólares por habitante.
EUROPOLITIQUE: O KWANZA "de vento em popa"
O Kwanza, criado a partir de 8 de Janeiro de 1977 , substituiu o velho “ Escudo Português”, que deixou o mercado “informal ou “paralelo”, como gostam de dizer os brasileiros, para ser transaccionado, desde Novembro de 2013, em mais quatro países: Moçambique, Namíbia, Portugal e França.
Em 18 de Fevereiro de 2013, o lançamento das moedas metálicas de 50 cêntimos de kwanza, de um kwanza, de cinco kwanzas e 10 kwanzas, deram origem em Março de 2013, ao renascer de novas notas de 50, 100, 200, 500, 1.000 e 2.000 kwanzas, pelo Banco Nacional de Angola. Em Maio de 2012, foram lançadas as notas, mais valiosas, de 5.000 kwanzas e 10.000 kwanzas, esta última na ordem dos 102,192 dólares.
Após a sua criação, a moeda teve uma cotação fixa de 33 kwanzas por um dólar. Praticamente, na sua diminuição, triplicou a moeda angolana face ao dólar; ou, seja, por causa da inflação e cotações financeiras diminui, quase, três vezes, ficando a um terço do dólar. Paralelamente, em Portugal, quase aconteceu o mesmo, quando o escudo desvalorizou em mais de 50% face à moeda espanhola – a peseta.
“A nota verde” – o dólar – continua a ser a “coqueluche” no sistema internacional de câmbios.
Por mais que a Reserva Federal Americana coloque os cilindros a funcionar da famosa “nota verde”, ela continua um baluarte de paridade do sistema monetário. Por isso, na sua balança de transações, Angola precisa de manter um “stock” de reserva financeira para a compra das suas mercadorias.
A segurança e solidez do kwanza assenta na riqueza do petróleo e nos seus “petrodólares”. Por isso, a sua vulnerabilidade ou volatilidade advém, possivelmente, de qualquer crise petrolífera, já que o seu "PIB ainda não representa grande credibilidade" (contradição).
Dado a estabilidade política e social, e, dado o seu progressivo desenvolvimento económico, augura-se que o kwanza se mantenha como uma "moeda forte", e, mantenha, fortemente, a sua estabilidade face à “eterna moeda verde", ou seja, o dólar.
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